domingo, 12 de junho de 2011

God, the universe and everything else



Três das maiores mentes científicas da nossa geração se encontram para uma pequena conversa. Como seria ouvir Stephen Hawking, Carl Sagan, e Arthur C. Clarke falar sobre suas respectivas especialidades dentro da ciência? Pois em 1988, em algum lugar na Inglaterra, esses homens se reuniram para uma pequena discussão. Apresentado por Magnus Magnusson, Hawking, Sagan (via videoconferência direto da Universidade  de Cornell, NY) e Arthur C. Clarke se juntam para discutir coisas como a grande teoria unificadora, o big-bang, tempo imaginário, conjunto de Mandelbrot, buracos negros, inteligência extraterrestre, Marte, Deus e outros temas. Vale  ressaltar que por ser de 1988, o tempo e a tecnologia deixaram  essa entrevista duas décadas no passado. Mas vale o registro  histórico e a nostalgia de ver eles falarem ainda sobre o  lançamento do Hubble, e que temos um vagueador em Marte.
Em 1988 Carl Sagan (via satélite), Arthur C. Clarke e Stephen Hawking conversando por quase uma hora, com título de God, the Universe and Everything Else (Deus, o Universo e Todo o Resto). Esta conversa aconteceu na Inglaterra, onde se discutiu sobre a teoria do Big Bang, Deus, a nossa existência, bem como a possibilidade de vida extraterrestre. Documentário Raro.

Download do documentário aqui

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Contradição


Sempre ouvimos falar de países, povos, pessoas que morreram em busca de um determinado ideal:  a liberdade. Mas será que ela é assim tão importante? Pelo menos será tão importante durante toda  a vida de uma pessoa?
Liberdade seria a propriedade de se poder escolher entre dois ou mais caminhos. Mas uma vez escolhido um dos caminhos é claro que não existe mais a liberdade inicial.. perde-se a capacidade de se poder escolher.. e para mim isto nunca foi tão desesperador..
Por isso nunca entendi quem vive gritando aos 4 cantos do mundo sobre a importância de ser livre.. ora, ninguem é livre.. e determinadas "prisões" podem ser muito mais importantes e ricas de sentido do que uma eterna liberdade.
Viver uma infinita liberdade ao meu modo de ver, seria viver num infinito observar mas sem se comprometer.. e sinceramente, não vejo sentido algum nisso.
No entanto, esse conceito não é assim tão simples e determinado. Não podemos querer que todos se decidam de forma imediata.. não podemos querer que todos nos amem ou nos odeiem.. não podemos ter certeza que qualquer caminho é o caminho correto..
Mas será que haveria alguma forma de saber sem trilharmos o caminho?
FJ

terça-feira, 7 de junho de 2011

Sem importância


Nada é tão simples quanto se deseja, nem tão perfeito quanto se pensa.. odeio qualquer coisa que se pretenda ser ideal, patologicamente perfeita.. amo a corda bamba.. amo o sofrimento... só o sofrimento foi capaz de me trazer verdadeiras lições e valores que não passarão.. Por isso zombo e desconfio de qualquer tipo de elogio ou de momento de prazer... acredito que estar em paz é mais importante que qualquer tipo de alegria superficial e momentânea..
Antes de fugir do sofrimento é preciso comprometer-se, despir-se e viver a verdadeira humildade de se colocar na situação de um potencial perdedor.. mas também quiçá, de um vencedor.. o que importa é estar pronto a lutar.. sem se importar com as consequencias da sua entrega.. vencer ou perder é o que menos tem importância nessa vida..
FJ

domingo, 5 de junho de 2011

MEC distribui livro que aceita erros de português.


BRASÍLIA - O Programa Nacional do Livro Didático, do Ministério da Educação (MEC), distribuiu a cerca de 485 mil estudantes jovens e adultos do ensino fundamental e médio uma publicação que faz uma defesa do uso da língua popular, ainda que com incorreções. Para os autores do livro, deve ser alterado o conceito de se falar certo ou errado para o que é adequado ou inadequado. Exemplo: "Posso falar 'os livro'?' Claro que pode, mas dependendo da situação, a pessoa pode ser vítima de preconceito linguístico" - diz um dos trechos da obra "Por uma vida melhor", da coleção "Viver, aprender".
Outras frases citadas e consideradas válidas são "nós pega o peixe" e "os menino pega o peixe". Uma das autoras do livro, Heloisa Ramos afirmou, em entrevista ao "Jornal Nacional", da Rede Globo, que não se aprende a língua portuguesa decorando regras ou procurando palavras corretas em dicionários.
- O ensino que a gente defende é um ensino bastante plural, com diferentes gêneros textuais, com diferentes práticas de comunicação para que a desenvoltura linguística aconteça - disse Heloisa Ramos.
Em nota encaminhada ao "Jornal Nacional", o Ministério da Educação informou que a norma culta da língua será sempre a exigida nas provas e avaliações, mas que o livro estimula a formação de cidadãos que usem a língua com flexibilidade. O propósito também, segundo o MEC, é discutir o mito de que há apenas uma forma de se falar corretamente. Ainda segundo o ministério, a escrita deve ser o espelho da fala.
Nota: Tem sintoma mais claro da situação da educação brasileira? Se eu fosse obrigado a ensinar erros de matemática preferiria largar meu emprego e iria viver de poker, definitivamente..

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Tudo o que aprendi na vida foi o poker que me ensinou.

por Guilherme Kalil

Algumas coisas que o poker me ensinou para a vida:

Não suponha que os outros pensem como você

Vários jogadores de poker cometem o erro de julgar as atitudes alheias pela sua forma de pensar. Com a experiência e o passar do tempo, aprendemos que pessoas diferentes pensam de formas diferentes. No poker, por exemplo, muitas vezes o jogador que está ali na mesa para se divertir não quer pensar sobre qual é a jogada mais lucrativa para ele. Na verdade, ele está ali para socializar e fazer amigos, portanto ele pode sim lhe dar um call com uma mão horrível e acertar um milagre. Se você está jogando contra ele, é importante entender a forma como ele pensa para maximizar seus lucros – o mesmo vale para negócios ou cantadas.

Talvez as motivações do seu interlocutor possam ser diferentes das suas: entender essas motivações pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso.


As perdas da mão passada não importam, a não ser como lição

Todos os que jogam poker regularmente conhecem jogadores que jogam muito bem, erram pouco e pensam de forma totalmente lógica… até perderem um grande pote. Após uma grande derrota, eles perdem completamente a conexão com a realidade, e passam a doar todos os seus ganhos por horas, às vezes até por meses.

A experiência no poker nos ensina a engrossar a casca, aprender que não se pode ganhar sempre e a só utilizar os tombos do passado como exemplos de erros que não devem ser repetidos. A maioria dos jogadores de cash game tem um número muito próximo de sessões vitoriosas e perdedoras. A diferença entre vencedores e perdedores é que os primeiros sabem perder pouco nos dias ruins e ganhar muito nos dias bons.


A sorte existe

No poker, nos negócios e até na vida amorosa a sorte conta muito. Recentemente, li O Andar do Bêbado, de Leonard Mlodinow. O livro, eleito “um 10 dos melhores livros de ciência de 2008” pela Amazon, conta como a aleatoriedade é parte integrante das nossas vidas em todos os seus aspectos.

Lidar bem com este fato e tomar decisões corretas, ciente de que elas nem sempre vão dar certo, ajuda a encarar a vida de forma mais leve e bem-humorada. O poker é um jogo no qual muitas vezes o melhor que se pode fazer é colocar seu dinheiro na frente e torcer para segurar.


Quando for mentir, é melhor que a história seja bem contada

Adivinha. Conte uma história mal contada na mesa e você vai tomar call. A jogada de poker tem que fazer sentido em todas as streets, desde o pré flop. Não faz sentido apostar só no final depois que bateu um dois de copas no river, num bordo que só tinha cartas altas e pretas.

A forma mais fácil de identificar um blefe, especialmente vindo de um jogador inexperiente, é durante uma aposta que não faz o menor sentido. Portanto, no dia em que você não entregar o relatório ao chefe na data, não diga que o pneu furou, ok?


Decisões corretas são melhores a longo prazo, independentemente de darem certo

O escritor de jogos David Sklansky cunhou o termo Sklansky Bucks para designar o ganho que você tem quando toma decisões acertadas, qualquer que seja o resultado da mão. Se você fez um jogador lhe pagar uma mão de 100 reais na qual ele tinha apenas 4% de chances, quando ele acertar a carta de que precisa, você terá perdido o dinheiro, mas terá ganhado 96 Sklansky Bucks (sua equidade na mão).

Na vida, quando você toma decisões corretas que dão errado, você ganha Sklansky Life Bucks, e quando você faz besteira, ainda que dê tudo certo, você se colocou em risco desnecessário – e isso, a longo prazo, vai se somando contra o seu sucesso.


Tenha um plano

Nada pior que, depois de um adversário dar check, você apostar com uma mão mediana para tentar roubar um pote e tomar um check-raise do oponente sem estar esperando por isso. Ao planejar suas ações considerando as mais diversas variáveis, você evita decisões difíceis no poker e na vida.


Dar sorrisos e dizer “obrigado”, “por favor” e “parabéns” só traz benefícios a quem o faz

A maioria dos jogadores tem motivações diferentes das do profissional, e o ideal é que o jogador recreativo não tenha raiva ou se sinta mal ao perder para você. Quando você usa óculos escuros ou iPod em uma mesa de cash game, não conversa com os adversários ou intimida um jogador mais fraco que está ali para se divertir, três coisas podem acontecer: ele passa a jogar melhor contra você, passa a te evitar na mesa ou sai do jogo. Estas atitudes são prejudiciais.

Parabenizar (de coração) o jogador por um pote ganho contra você é uma atitude lucrativa, e torna o ambiente de trabalho mais divertido e leve. Em torneios, o adversário não pode simplesmente parar de jogar, mas ele pode também escolher não entrar em confronto direto contra você.

O poker é um microcosmo da vida. Ao pensar sobre o jogo, aprendemos também a viver melhor!