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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Livro que defende submissão das esposas torna-se best-seller

O homem é chamado a servir de uma maneira diferente: deve estar pronto para morrer por sua esposa, como Cristo morreu pela sua Igreja

O homem é chamado a servir de uma maneira diferente: deve estar pronto para morrer por sua esposa, como Cristo morreu pela sua Igreja

No ano de 2011 um livro que contém mais de duzentas páginas e com fundamentos profundamente católicos alcançou a categoria de Best-seller na Itália. Agora, o mais intrigante é que a obra vai, justamente, contra a correnteza feminista, que arrasta muitas mulheres em nossa sociedade atual. O nome da obra é: Sposati e sii sottomessa: Pratica estrema per donne senza paura (Valenchi): Casada e submissa: prática extrema para mulheres sem medo.


Segundo Constanza Miriano, autora do livro, a falta de identidade da mulher, isto é, do “ser feminino”, pode gerar diversos problemas matrimoniais. Defende – como Paulo aos Efésios – que o verdadeiro dom da esposa é a submissão por amor. Nisto consiste sua felicidade e a subsistência da família.

Um ensinamento para o casal de esposos

Segundo o comentário do site de notícias espanhol Religión en Libertad, o papel correspondente da mulher “é levar o homem ao encontro de sua virilidade, da sua paternidade e do exercício da autoridade. Este papel do homem, digamos assim, anda um pouco extraviado. Por isso, deparamo-nos várias vezes com homens que vivem desorientados em sua própria casa, que estão pouco preparados para conduzir as situações mais delicadas e salvaguardar o equilíbrio da família”.

Nem o homem nem a mulher são perfeitos. Ambos são criaturas limitadas. Dependem um do outro e, o casal, de Deus. Por isso, a partir de bases católicas e com uma linguagem atual, Miriano ensina ao casal o sentido e a valentia do homem e da mulher que vivem juntos.

Uma entrevista com Miriano

Constanza Miriano, em uma entrevista a Isabel Molina, da Revista Misión (revistamision.com) – que recolhemos aqui – expõe suas motivações e pensamento:

RM: O que inspirou seu livro?

CONSTANZA: Foi a causalidade. Passava muitas horas no telefone, tentando convencer uma amiga a se casar. Quando contei a história da minha amiga a um colega, expliquei que as expectativas da minha amiga sobre o matrimônio eram irreais; em muitos aspectos, era o namorado que tinha a razão. Via que eles podiam ser felizes juntos, mas não decidiam começar a viver essa felicidade por culpa das ideias erradas que hoje temos sobre o amor e o matrimônio. Disse-lhe também que a mulher tem que ser capaz de mediar, de unir, em vez de dividir. Minhas ideias chamaram a atenção dele e entrei em contato com a Editora.

RM: Por que hoje custa esse rol de unir?

CONSTANZA: A mulher lutou tanto pela emancipação que acabou perdendo um pouco de sua identidade profunda, esse “gênio feminino”, como falava Wojtyla na encíclica Mulieris Dignitatem.

RM: Falar de ser “submissas” é muito ousado. Por que escolheu esta palavra?

CONSTANZA: Eu não a escolhi. Tomei-a da carta de São Paulo aos Efésios. Parece uma palavra ofensiva para nós, mulheres de hoje, que não queremos renunciar à lógica do poder. Todavia, a submissão indica outra lógica: a do serviço recíproco, que é o serviço ao qual a mulher é chamada.

RM: Então o homem domina?

CONSTANZA: O homem é chamado a servir de uma maneira diferente: deve estar “pronto para morrer por sua esposa, como Cristo morreu pela sua Igreja”. Seu papel não é mais fácil que o nosso.

RM: O que significa ser submissas?

CONSTANZA: São Paulo nos recorda que nós, mulheres, gostamos de controlar tudo, ter a última palavra, manipular por trás. Ser submissas significa, literalmente, estar por baixo para ser o apoio de todos os membros da família, para acompanhar os mais fracos. É uma qualidade propriamente feminina, apesar do que diz a revolução feminista.

RM: Uma mulher submissa pode ser feliz?

CONSTANZA: É nosso verdadeiro talento. Podemos trabalhar e ter muito êxito, mas o que sabemos fazer de melhor, e o que responde aos desejos mais profundos do nosso coração, é essa capacidade de servir e unir as pessoas. O amor da mulher é mais altruísta e leva o homem a “sair” de si, enquanto que a mulher recebe (a relação física é uma representação do espiritual). Os homens e as mulheres precisam recuperar esses talentos específicos, pois se complementam mutuamente.

RM: O que é uma “boa esposa”?

CONSTANZA: Uma boa esposa é aquela que sabe acolher com doçura e paciência. Olha o seu marido do ponto de vista positivo e aceita como algo bom aquilo que vem dele. Diante do confronto: controla suas emoções e espera. E, nunca, jamais, contradiz o pai na frente dos filhos.

RM: É possível aprender a ser assim?

CONSTANZA: Temos um modelo: a Senhora da Medalha Milagrosa, com as mãos e os braços abertos para receber o que chega. E, debaixo de seus pés, a serpente – que é nossa língua – sempre disposta a criticar, a ver o mal, a concentrar-se naquilo que falta.

RM: O que aconselharia a uma jovem para ter um matrimônio mais pleno?

CONSTANZA: Muitas jovens estão decepcionadas porque hoje temos muitas exigências no matrimônio. Antigamente, o matrimônio era um meio para encontrar uma casa; agora queremos ser felizes. Isto é razoável, mas devemos aceitar nossas limitações e as do outro. O amor não é um sentimento, é uma decisão. Aderimos livremente, com toda nossa vontade, a escolher uma pessoa por toda a vida. Haverá momentos difíceis, mas temos que treinar os olhos para descobrir a beleza inimaginável da vida cotidiana. Quem pula de uma história para outra e não tem a coragem de subir montanhas, não pode sequer sonhar com aquilo que é possível.

RM: Qual é o principal desafio que o matrimônio, na atualidade, apresenta?

CONSTANZA: Deus desapareceu do horizonte e sem Deus é impossível pensar em algo que seja para sempre. Antigamente primavam as tradições e as pessoas se mantinham firmes. Hoje, a ideia de ser infiel, de seguir nossos instintos, é o ar que respiramos. Existe uma espécie de conspiração contra a família e só a Igreja se mantém firme nessa batalha cultural por nós.

RM: Que mudança o seu livro tem provocado entre as mulheres italianas?

CONSTANZA: Recebi cartas de mulheres que dizem que as ajudou a mudar sua vida matrimonial. Muitas me agradeceram por que aprenderam a querer o melhor para seus maridos; algumas decidiram casar-se; outras superaram uma crise; e muitas católicas dizem que certas coisas já não se escutam em círculos religiosos, enquanto que minha visão, a de São Paulo, é a que responde aos desejos profundos de seus corações.

RM: Está preparando outro livro?

CONSTANZA: Sim, estou analisando a seguinte frase de São Paulo aos Efésios: “Maridos, estejais dispostos a morrer por vossas esposas...”. Se a mulher tende a controlar tudo, o homem tende ao egoísmo. Por isso seu chamado é o do heroísmo. O próximo livro é para eles.

(Reparatoris)

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Lógica do abortismo

O aborto só é uma questão moral porque ninguém conseguiu jamais provar, com certeza absoluta, que um feto é mera extensão do corpo da mãe ou um ser humano de pleno direito. A existência mesma da discussão interminável mostra que os argumentos de parte a parte soam inconvincentes a quem os ouve, se não também a quem os emite. Existe aí portanto uma dúvida legítima, que nenhuma resposta tem podido aplacar. Transposta ao plano das decisões práticas, essa dúvida transforma-se na escolha entre proibir ou autorizar um ato que tem cinqüenta por cento de chances de ser uma inocente operação cirúrgica como qualquer outra, ou de ser, em vez disso, um homicídio premeditado. Nessas condições, a única opção moralmente justificada é, com toda a evidência, abster-se de praticá-lo. À luz da razão, nenhum ser humano pode arrogar-se o direito de cometer livremente um ato que ele próprio não sabe dizer, com segurança, se é ou não um homicídio. Mais ainda: entre a prudência que evita correr o risco desse homicídio e a afoiteza que se apressa em cometê-lo em nome de tais ou quais benefícios sociais hipotéticos, o ônus da prova cabe, decerto, aos defensores da segunda alternativa. Jamais tendo havido um abortista capaz de provar com razões cabais a inumanidade dos fetos, seus adversários têm todo o direito, e até o dever indeclinável, de exigir que ele se abstenha de praticar uma ação cuja inocência é matéria de incerteza até para ele próprio.

Se esse argumento é evidente por si mesmo, é também manifesto que a quase totalidade dos abortistas opinantes hoje em dia não logra perceber o seu alcance, pela simples razão de que a opção pelo aborto supõe a incapacidade – ou, em certos casos, a má vontade criminosa – de apreender a noção de "espécie". Espécie é um conjunto de traços comuns, inatos e inseparáveis, cuja presença enquadra um indivíduo, de uma vez para sempre, numa natureza que ele compartilha com outros tantos indivíduos. Pertencem à mesma espécie, eternamente, até mesmo os seus membros ainda não nascidos, inclusive os não gerados, que quando gerados e nascidos vierem a portar os mesmos traços comuns. Não é difícil compreender que os gatos do século XXIII, quando nascerem, serão gatos e não tomates.

A opção pelo abortismo exige, como condição prévia, a incapacidade ou recusa de apreender essa noção. Para o abortista, a condição de "ser humano" não é uma qualidade inata definidora dos membros da espécie, mas uma convenção que os já nascidos podem, a seu talante, aplicar ou deixar de aplicar aos que ainda não nasceram. Quem decide se o feto em gestação pertence ou não à humanidade é um consenso social, não a natureza das coisas.

O grau de confusão mental necessário para acreditar nessa idéia não é pequeno. Tanto que raramente os abortistas alegam de maneira clara e explícita essa premissa fundante dos seus argumentos. Em geral mantêm-na oculta, entre névoas (até para si próprios), porque pressentem que enunciá-la em voz alta seria desmascará-la, no ato, como presunção antropológica sem qualquer fundamento possível e, aliás, de aplicação catastrófica: se a condição de ser humano é uma convenção social, nada impede que uma convenção posterior a revogue, negando a humanidade de retardados mentais, de aleijados, de homossexuais, de negros, de judeus, de ciganos ou de quem quer que, segundo os caprichos do momento, pareça inconveniente.

Com toda a clareza que se poderia exigir, a opção pelo abortismo repousa no apelo irracional à inexistente autoridade de conferir ou negar, a quem bem se entenda, o estatuto de ser humano, de bicho, de coisa ou de pedaço de coisa.
Não espanta que pessoas capazes de tamanho barbarismo mental sejam também imunes a outras imposições da consciência moral comum, como por exemplo o dever que um político tem de prestar contas dos compromissos assumidos por ele ou por seu partido. É com insensibilidade moral verdadeiramente sociopática que o sr. Lula da Silva e sua querida Dona Dilma, após terem subscrito o programa de um partido que ama e venera o aborto ao ponto de expulsar quem se oponha a essa idéia, saem ostentando inocência de qualquer cumplicidade com a proposta abortista.
Seria tolice esperar coerência moral de indivíduos que não respeitam nem mesmo o compromisso de reconhecer que as demais pessoas humanas pertencem à mesma espécie deles por natureza e não por uma generosa – e altamente revogável – concessão da sua parte.

Também não é de espantar que, na ânsia de impor sua vontade de poder, mintam como demônios. Vejam os números de mulheres supostamente vítimas anuais do aborto ilegal, que eles alegam para enaltecer as virtudes sociais imaginárias do aborto legalizado. Eram milhões, baixaram para milhares, depois viraram algumas centenas. Agora parece que fecharam negócio em 180, quando o próprio SUS já admitiu que não passam de oito ou nove. É claro: se você não apreende ou não respeita nem mesmo a distinção entre espécies, como não seria também indiferente à exatidão das quantidades? Uma deformidade mental traz a outra embutida.

Aristóteles aconselhava evitar o debate com adversários incapazes de reconhecer ou de obedecer as regras elementares da busca da verdade. Se algum abortista desejasse a verdade, teria de reconhecer que é incapaz de provar a inumanidade dos fetos e admitir que, no fundo, eles serem humanos ou não é coisa que não interfere, no mais mínimo que seja, na sua decisão de matá-los. Mas confessar isso seria exibir um crachá de sociopata. E sociopatas, por definição e fatalidade intrínseca, vivem de parecer que não o são. 

Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 14 de outubro de 2010  

sábado, 17 de agosto de 2013

"Mártires haviam dado seu sangue para testemunhar a verdade do Evangelho; sábios doutores da Igreja tinham demonstrado sua validade, por meio de deduções convincentes; ascetas haviam abandonado todos os bens terrestres, para viver inteiramente no espírito do Evangelho. Mas em São Francisco, um amante ouviu a mensagem de amor de Cristo Redentor e viveu em seu espírito, por meio do espírito do amor. Os piedosos cronistas do liber confirmatum aduziram fatos e lendas para efetuar o paralelo entre as vidas de São Francisco e Cristo, mas não são os únicos a quem Francisco de Assis impressionou, como o mais semelhante a Cristo de todos os santos. Quem quer que esteja imbuído do verdadeiro espírito da vida e dos ensinamentos de Cristo, visualizará São Francisco ao lado do Nazareno. Pois o que Jesus ensinava e o que sua vida exemplifica aos homens era isto: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração e a teu próximo como a ti mesmo. A imitatio Christi de Francisco foi a realização deste mandamento."

(Fulop Miller, Os Santos que Abalaram o Mundo)

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Prova da existência de Deus pelo Darwinismo




Eu viajo demais, penso muito, gosto de tentar encontrar relações entre quaisquer conhecimentos. Procuro relações entre religião, matemática, xadrez, poker, educação, e qualquer coisa que minha louca mente se coloque a pensar.
Num desses devaneios, acabei chegando ao seguinte pensamento:
Pense comigo, em quê, a bondade e a misericórdia são úteis para qualquer espécie?
Eu respondo: Em nada!!
Segundo Darwin, qualquer característica física ou não (ser bondoso, misericordioso, por exemplo) que não servir para o fortalecimento dos próximos membros de uma determinada espécie desapareceriam com os membros "fracos" da espécie.

Se eu, você e todo mundo tem uma noção do que é bom e mau, e se isso é quase uma noção universal, então significa que esse senso do que é bom e mau é inerente a espécie humana.
Também é inerente a espécie humana, a bondade, a misericórdia e outros sentimentos.
Mas se eles são inerentes a espécie humana, então em algum momento da história isso nos foi ensinado por algum "Professor".
Suponhamos por coontraposição, que não. Que a bondade e misericórdia humanas tenham surgido meramente por acaso (de repente, um indíviduo da nossa espécie, sentiu misericórdia ou começou a ter noções de moralidade).
Ora, certamente um indivíduo bom não contribuiria em nada para o desenvolvimento da espécie humana, seria considerado um membro fraco, incapaz de roubar uma caça ou de matar um outro membro que quisesse cortejar sua esposa. Ou seja, tal ou tais indivíduos seriam logo mortos pelo outros membros sem noções de moralidade e considerados mais fortes. Pelo darwinismo, estes tipos de características (bondade, misericórdia) seriam logo extintas entre os pré-humanos, mas como não o foi, só resta uma alternativa, que existe um "Grande Professor" que nos ensinou o que é bondade e misericórdia.

A minha hipótese principal é de que o darwinismo é verdadeiro (eu acredito no darwinismo e no big bang). Apesar de haver algumas lacunas estranhas no darwinismo..

Observações de um leigo meio louco.

Francisco Junior

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Como cobrar o preço dos marxistas culturais pelo desrespeito praticado no evento da JMJ

por Luciano Ayan

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Como eu sou ateu, mas jamais um humanista, eu me solidarizo com muitos católicos que estão revoltados com o desrespeito praticado pela escória de sempre (humanistas, marxistas, gayzistas e feministas) de membros da Marcha das Vadias invadindo evento da JMJ. Só que agora é o momento da ação estratégica, ao invés da reação emocional.
A mídia de esquerda, obviamente, está escondendo as imagens das provocações, mas ei-las:


Clique para ampliar
Clique para ampliarClique para ampliar

Em relação a última das imagens (a baixo), veja a descrição encontrada no Facebook:
Clique para ampliarEm seguida, os manifestantes quebraram as imagens e as cruzes. Por fim, uma manifestante pegou o que sobrava de uma cruz, colocou camisinha em sua base e a enfiou no ânus de seu parceiro de encenação. Tal ato assustou até mesmo outros manifestantes que não esperavam tanta ousadia. Uma delas disse que colocaria uma máscara para não ser reconhecida, já que receava represálias no trabalho.
O que os católicos deveriam fazer em relação a isso?
Um amigo sugeriu que os católicos processarem os organizadores da Marcha das Vadias, mas isso não vai gerar efeito algum, até por que a Marcha das Vadias poderá dizer que a ação foi feita por anônimos e de forma espontânea. O resultado, em termos estratégicos, será nulo.
Obviamente este post é para todos os leitores, mas a partir de agora vou me dirigir ao público católico. (E quem não for católico, pode continuar lendo, até para ajudá-os a seguir as dicas)
Uma coisa que aprendi com Sam Harris, e que jamais vou esquecer, é que aos discursos (inclusive visuais, como nos casos acima) devemos sempre anexar um preço. Se o discurso de um oponente for ridículo, temos que cobrar esse preço. Em suma, alguém não pode lançar mensagens estúpidas impunemente, pois há um preço a ser pago por isso, e o preço é o da ridicularização.
Exemplos praticados pelo neo-ateísmo são múltiplos, mas em especial vejamos o caso de Sarah Palin. Quando ela declara ser a favor do criacionismo, eles cobram o preço desta declaração e a ridicularizam em público de forma a demolir possibilidades eleitorais dela. Esquerdistas e humanistas, portanto, sabem cobrar o preço de declarações de seus oponentes. Esta é a regra que defendo aqui.
O que proponho é que vocês, católicos, façam exatamente o mesmo. Anexem o preço na mensagem do oponente, e, como ela é ridicula, cobrem o preço. Simples assim.
Como fazer isso? Criem memes, posts rápidos e correntes, aos milhares, mostrando o baixíssimo nível moral do movimento feminista atual e do movimento gayzista. Dividam o custo, e deixem uma parte dele ser pago pelos neo-ateus. Mostrem que é esse tipo de coisa que querem ensinar aos seus filhos nas escolas com o “Kit gay”.
Se o esquerdista disser “Mas não são todos que fazem isso, só uma minoria”, retruque dizendo que essa minoria está financiada por uma maioria deles e por um discurso de ódio que eles criaram. Diga também que eles, da Marcha das Vadias, tinham poder para impedir que a duplinha fizesse a baixaria acima. Então, não tem desculpinha para esquerdista. A ridicularização tem que ser lançada sobre todo movimento humanista, feminista e gayzista. Além do mais, 3 milhões de católicos reunidos, e nenhum deles fez uma baixaria assim. Por que no meio de centenas do lado gayzista/feminista/humanista, surgiram dois que apelaram deste jeito? Incluam esse fato nas mensagens de ridicularização sobre eles.
Mais ainda: basta colocar as imagens da Marta Suplicy e de vários políticos do PT financiando os gayzistas e as feministas, e daí compartilhem parte do custo com eles. Não se esqueçam de que o preço a ser pago deve ser dividido entre os feministas, os gayzistas, os humanistas e o PT. Depois mostrem que toda essa baixaria acima está sendo financiada com o dinheiro público.
Esta é a lição simples. Cobrem o preço das atitudes ridículas feitas pelo seu inimigo, e o preço é a ridicularização pública. Mas, caso você não cobre, você paga este preço, e esta uma contingência da qual não podemos fugir. Em tudo que tenho estudado sobre ciência política, descobri esta regra incontornável: se uma alegação política for feita, e você não cobrar o preço desta alegação de seu oponente, então você paga por ela.
Quando os nazistas começaram, 60 anos antes do Holocausto, a divulgar conteúdo anti-semita extremado, o preço poderia ter sido cobrado desses autores nazistas, com a exposição pública do quão ridículo e abjeto era este conteúdo. Obras como “Apoiando  Hitler”, de Robert Gellatelly, nos mostram que os intelectuais judeus agiram de forma oposta. Usaram a técnica do “vamos deixar pra lá”, ao invés de cobrar o preço dos nazistas. Aí a regra mostrando que não existe alegação política grátis é implacável: “Você não quer cobrar o preço das declarações absurdas do seu oponente. Não tem problema. Você paga”. O preço foi pago pelos judeus nos campos de concentração.
A pergunta que faço é: você estão dispostos a pagar o preço disso tudo que os gayzistas/humanistas/feministas fizeram, em aliança com o PT, ou irão cobrar o preço deles?  Esta é a decisão a ser tomada no interior de cada um. Caso você tome a decisão de não pagar o preço, mas sim cobrá-lo do oponente, você está enfim pronto para gerar resultados políticos…

Retirado do blog: http://lucianoayan.com

sábado, 27 de julho de 2013

Nova Sessão de Cash e sobre o Papa e a Igreja.


Mais uma vez, passada a angústia das sessões anteriores, resolvi jogar cash 6max e vejam só o resultado.
Eu sei que havia dito que não iria mais jogar cash, mas apenas MTT, no entanto, jogando MTT, apesar de não haver grandes perdas e consequentes angústias, não é a mesma coisa de se jogar cash. Sinceramente parece outro jogo de poker e um tanto quanto monótono.. 

Enfim, se for para jogar poker, tenho que me dedicar ao cash. Mas para isso também tenho que aprender a manter o sangue frio (como mantive nesta sessão) e jogar sempre concentrado.

Nas últimas sessões de cash (antes desta) estava jogando entre 6 e 10 mesas, mas nesta última joguei apenas 5 mesas e mais ou menos 750 mãos em 1 hora e meia e vou manter este padrão.

Neste últimos dias, também pensei em parar de jogar de uma vez por todas, e até acho que conseguiria tranquilamente, mas a verdade é que eu gosto desse jogo, do lado psicológico que o envolve, da adrenalina, do alto valor que as observações, estudo e experiência tem.

Além do mais, devo muito ao poker. Houve uma época em que o único motivo de sair de casa era o jogo de poker nas sextas a noite com alguns amigos. O poker me ajudou a retomar e reconstruir a minha vida. Naquele reinício, meus colegas de mesas me respeitavam pelo alto conhecimento que eu tinha sobre o jogo e foi através daquelas noites de sextas mais sociais, que eu retomei o respeito que até então eu tinha perdido, reconstrui algumas amizades desfeitas, conheci novas pessoas maravilhosas e hoje, tenho emprego, namorada, uma vida social e todos aqueles amigos e outros novos, me respeitam não por ser um bom jogador (acho que nem sou, sinceramente), mas porque me conheceram mais de perto e viram uma boa pessoa.
Por isso, devo muito ao poker, acredito sinceramente, que foi um instrumento de Deus na reconstrução da minha vida e gosto de mais deste jogo para abandoná-lo.

Mudando um poco de assunto, quão maravilhoso é o nosso Papa!! Não é à toa que todos estão apaixonados por esse homem de Deus. 
O número de pessoas que voltarão à igreja, sem dúvida vai ser enorme e se Deus quiser, eu estarei no meio delas.
Eu sou daquelas pessoas como que "terrenos cheios de pedra". Em vários momentos, sinto que me apaixono outra vez pela igreja, pela vida dos santos, mas logo perco o foco e esqueço o sentimento do dia anterior e volto a ser indiferente. Sou "de momento" como diz Jesus em (Mt 13,18-23), mas não quero mais sê-lo!

Eu sou um pobre pecador, de pecados horrendos a pecados veniais, mas todos contra mim mesmo, em sua grande maioria. 
Quando estou rezando constantemente, sinto que fico mais forte, fico menos vulnerável ao pecado, a vida fica mais leve, é como se eu me reconciliasse comigo mesmo. Quando paro de rezar, fico indiferente ao pecado, ao sentimento de culpa e muitas vezes sinto que apesar de toda a luta do dia a dia e de algumas vitórias e momentos de alegria, no geral me falta "motivos" para continuar.
 
Além disso, sempre tive momentos claros da intervenção divina na minha vida. Também já tive momentos de profunda sensibilidade e de alguma espiritualidade, como por exemplo, durante o sofrimento de João Paulo II. Durante aqueles dias, lembro claramente como o meu peito doía e algo me dizia: "Veja novamente o calvário de Cristo."

Hoje João Paulo II está prestes a se tornar santo. E analogamente como naqueles dias, sinto que todos nós estamos vivendo uma oportunidade ímpar, um novo paradigma, um momento claro de obervarmos o tamanho e a autenticidade da Igreja. 
Creio que como São Francisco foi chamado a fazer e o fez, este Francisco de nossos tempos também está resconstruindo a Igreja em cada beijo em cada criança, a cada sorriso, a cada discurso, a cada gesto. 
E essa reconstrução passa pela reconciliação de muitos para com a sua Igreja de batismo e única verdadeira. Eu sei que este é um modo imperfeito de retornar a igreja, mas o que importa é que voltemos e nos entreguemos, e uma vez nesta igreja, nos deixemos embalar pela doutrina, pelo evangelho, pela eucaristia, pelos sacramentos, pela leitura da vida dos santos, pela oração constante e por este momento maravilhoso.

Vou me confessar! Me decidi! Não vou mais fugir!! E espero que a partir desta confissão, nunca mais eu tenha a convardia de abandonar a igreja.

Que Deus me abençoe e me dê forças pra perseverar e quando faltar forças e cair, que Ele não me deixe perseverar no pecado.

Abraço.

Francisco Junior

Papa Francisco encontra representantes de etnias indigenas no Theatro Municipal.


Sandálias da humildade para Marco Feliciano

Marco Feliciano está enciumado com a receptividade que o papa Francisco vem recebendo no Brasil. Agora resolveu comparar-se ao pontífice. Diz Feliciano:
- O papa é político, eu também. Assim como eu, o papa condena casamento de pessoas do mesmo sexo, a descriminalização das drogas e o aborto. Mas, no caso dele, a mídia aplaude. Por que o papa é tratado como popstar, ovacionado, e eu, tão atacado?
Em seguida, o deputado pastor mirou na Rede Globo:
- Onde estava a TV Globo, que não mostrou as manifestações contrárias ao papa, o beijaço e etc? Isso é discriminação religiosa contra mim, contra o pastor Silas Malafia e outros.


***

Nota do FreI: Não, Feliciano, mais humildade. Você é um bostinha. É apenas uma vítima feliz de um choque de obscurantismos, o obscurantismo evangélico contra o obscurantismo gayzista. Você nem é digno de se comparar a Silas Malafaia, que tem muito mais tutano, culhões e base religiosa que você. Aliás, vale sempre a pena ver o "Tô na benção, tô com Dilma" da sua eleição, cantando e andando para o aborto e o ateismo comunista do PT. Silas Malafaia nunca teve arroubos de se comparar ao Sucessor de Pedro, pelo menos em público. Aliás, eis a razão da diferença de tratamentos. Francisco é papa, e Feliciano é um bostinha da bancada alugada evangélica do governo, que ficou notório porque a Gaystapo é tão histérica que mete os pés pelas mãos. E você não tem as mesmas opiniões do papa. Se realmente fosse contra o aborto, rompia com o governo. Eis uma diferença, você é hipócrita, o papa não.
O papa não é político. É sacerdote e bispo. É um religioso. Você é político. Sua igrejola, nem sei de onde surgiu e para onde vai. A de Francisco surgiu no Pentescostes. Se você lesse a Bíblia direito, seria católico. Como não lê, é o que é.
Esse comentário de Feliciano me lembra da fábula do escorpião e do sapo, em que o escorpião não resiste e ferroa o sapo que lhe ajuda por ser sua natureza. Por mais que nos animemos com alguns líderes evangélicos quando agem certo, é da natureza deles serem personalistas, ciumentos, sem preparo, sem a mínima vida espiritual, ambiciosos e arrogantes. Ah sim, Feliciano agiu certo em enfrentar a Gaystapo. Mas não nega suas origens e seu despreparo. Feliciano é mais hábil no Congresso que no púlpito. Que vista as sandálias de Renan Calheiros, nao as de Calvino ao menos!
Essa mania destes Jim Jones brasileiros de se acharem os reis da cocada preta é vergonhosa. Edir Macedo, o casal "apóstolo" Hernandez, o que foi preso entrando nos EUA cheios de dólares nas Bíblias, querendo se comparar e rivalizar com a Igreja é risível, risível. Fenecerão como a erva, e não deixarão legado. Mesmo o todo-poderoso Edir Macedo enfrenta seu ocaso. 
Lixo, lixo, lixo!

Retirado do blog http://freirojao.blogspot.com.br

terça-feira, 16 de julho de 2013

A vida de Buda


 Essa é uma animação bastante legal da história de Buda.

Simpatizo bastante com "esse cara" e com o Budismo. Vejo bastantes semelhanças com o Cristianismo na minha limitadíssima compreensão do Cristianismo.

Buda de certo me lembra São Francisco de Assis.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Vida após a morte: pesquisa científica e perspectiva cristã


"Eu estava deitado na sala da UTI do hospital infantil de Seattle, Estado de Washington, EUA, quando, de repente, senti-me em pé, movendo-me com incrível velocidade através de um espaço escuro. Eu não via paredes em minha volta, no entanto, parecia ser algo como um túnel. Não sentia vento, porém, percebia que me deslocava com incrível velocidade. Apesar de não entender o porque e para onde eu estava voando, sentia que no final do meu vôo algo muito importante me esperava e eu queria chegar ao meu destino o mais rápido possível. Finalmente, eu me via em um lugar repleto de luz brilhante e então percebi que havia alguém perto de mim. Era alguém alto, com longos cabelos dourados; vestia roupa branca amarrada no meio com um cinto. Ele não dizia nada, mas eu não tinha medo pois, uma enorme paz e amor emanavam dele. Se não era Cristo, devia ser um de seus anjos".

Este é um dos relatos típicos, reunidos pelo médico pediatra americano Dr. Melvin Morse e publicados no livro "Closer to the Light" ('Mais Próximo da Luz'). Depois disso, o garoto Dean, de 16 anos, cujos rins pararam de funcionar, sentiu que retornou ao seu corpo e voltou a si. Tais impressões, tão curtas porém muito fortes, deixaram uma marca profunda na alma de Dean. A partir delas, ele se tornou um jovem religioso, o que influenciou positivamente a sua vida e a sua família.

Dr. Morse observou o primeiro caso de morte temporária no ano de 1982, quando conseguiu fazer reviver uma menina de 9 anos chamada Catarina, que se afogara numa piscina pública. O relato da menina teve um profundo efeito no médico, que até então era cético em relação a todo fenômeno espiritual: uma impressão tão forte que ele resolveu dedicar sua vida ao estudo científico do que acontece com uma pessoa logo após a morte. No caso de Catarina, Dr. Morse admirou-se particularmente com a descrição detalhada que a menina deu de tudo o que sucedeu na hora em que se encontrava morta clinicamente, tanto no hospital, como em sua casa. Dr. Morse se convenceu da veracidade de todas as observações de Catarina.

Após ter sido transferido para o Hospital Infantil Ortopédico de Seattle, e mais tarde, ao Centro de Medicina de Seatle, Dr. Morse começou a estudar sistematicamente a questão da morte. Ele questionava muitas crianças, às quais tiveram a experiência da morte clínica; comparava e documentava os relatos. Além disso, ele continuava a manter contato com seus jovens pacientes e observava o seu desenvolvimento intelectual e espiritual a medida que eles cresciam. No seu livro, Dr. Morse afirma que todas as crianças que ele conheceu, que sobreviveram à morte temporária, ao crescer, tornaram-se jovens sérios e religiosos, moralmente mais "puros" que outros jovens que não passaram por tal experiência. Todos eles aceitaram o ocorrido como um sinal superior de que é preciso viver para o Bem.

Relatos semelhantes sobre a vida após a morte, até há pouco tempo, eram publicados apenas na área da literatura religiosa. As revistas populares e livros científicos via de regra evitavam esses temas. A maior parte dos médicos e psiquiatras mantinham uma postura negativa em relação a essas manifestações. Apenas de duas décadas para cá, representantes da medicina começaram a se interessar seriamente sobre a questão da existência da alma.

Entre as pesquisas sérias e sistemáticas sobre a questão da morte, inclui-se a realizada pelo Dr. Michael Sabom. Professor de medicina na universidade de Emory e médico no hospital para veteranos da cidade de Atlanta, publicou um livro com dados precisos e documentados, bem como análises aprofundadas a respeito do assunto. Também é valiosa a pesquisa sistemática do psiquiatra Kenneth Ring, publicada no livro "Life at Death" ('Vida na Morte'). Dr. Ring montou um questionário para ser respondido pelos sobreviventes à morte clínica. Nomes de outros médicos que se envolveram nessa questão estão citados na bibliografia ao final do texto. Muitos deles eram céticos que mudaram sua perspectiva ao analisar muitos e sempre novos casos confirmando a realidade da continuidade da consciência (alma) após a morte física.


O que a alma vê no "outro mundo"...

A morte não é como muitos a imaginam. Tudo indica que, na hora da morte, teremos que ver e passar por muitas coisas para as quais muitos não estão preparados. Reunindo os relatos das pessoas que sobreviveram à morte clínica, emerge o seguinte quadro do que a alma vê e experimenta, ao separar-se do corpo: quando a morte se processa e a pessoa atinge o limite de desfalecimento, normalmente ela pode ouvir quando o médico a declara morta. Em seguida, ela vê um "sósia" seu, - seu próprio corpo inerte, - deitado abaixo dela, e muitas vezes até os médicos e enfermeiros tentando revivê-lo. Essas imagens inesperadas podem provocar um grande choque na pessoa: ela se vê "do lado de fora”. E aí verifica que suas capacidades habituais (ver, ouvir, pensar, sentir, etc.) continuam a funcionar normalmente, só que agora independentes do corpo físico. Flutuando no ar, acima dos outros que se encontram no ambiente, a pessoa instintivamente tenta comunicar-se, dizer algo ou tocar alguém. Mas percebe que está isolada dos outros e que ninguém reage aos seus apelos. Além disso, ela fica admirada ao sentir alívio, serenidade e/ou alegria indescritíveis. Não há mais aquela parte do "eu" que sofria, exigia algo e queixava-se sempre de tudo. Sentindo tal alívio, a alma normalmente não quer voltar ao corpo.

Na maioria dos casos documentados da morte temporária, a alma, após observar por alguns momentos o que se passa ao redor, volta ao seu corpo físico, e nesse momento, o conhecimento do outro mundo é interrompido. Mas, às vezes, a alma dirige-se adiante para o mundo espiritual. Nesses casos, alguns descrevem essa sensação como o movimento dentro de uma espécie de túnel. Após isso, as almas de algumas pessoas vão para um mundo de grande beleza, onde às vezes encontram parentes já falecidos. Outras vão parar numa região de luz e encontram-se com um "ser de luz", do qual emanam grande amor e compreensão. Alguns afirmam que é Jesus Cristo, outros que é um anjo. Mas todos concordam que se trata de alguém repleto de bondade e compaixão. Alguns, porém, vão parar em lugares tenebrosos e, voltando, descrevem terem visto seres cruéis e repugnantes. Ás vezes, o encontro com o misterioso ser luminoso é acompanhado de uma "revisão" da vida, quando a pessoa começa a relembrar o seu passado e faz uma avaliação moral dos seus atos. Após isto, alguns vêem algo semelhante a uma “divisão” ou fronteira. Eles sentem que, uma vez ultrapassada esta fronteira, não poderão voltar ao mundo físico.

Mas nem todos os que sobreviveram à morte temporária passaram por todas essas fases. Uma grande porcentagem das pessoas que voltaram à vida não se lembra de nada. As etapas citadas são colocadas em ordem de sua frequência relativa, começando com as que ocorrem mais frequentemente e terminando com as que são mais raras. Segundo os dados do Dr. Ring, aproximadamente um em cada sete que se lembram da existência fora do corpo, viu a luz e interagiu com o ser de luz.

Graças ao progresso da medicina, a reanimação dos mortos passou a ser um procedimento quase padrão em muitos hospitais atuais. Antigamente, isso quase não existia. Por isso, existe uma certa diferença entre os relatos da vida pós-morte na literatura antiga, mais tradicional, e na moderna. Os livros religiosos mais antigos contam sobre visões do Paraíso ou do Inferno e sobre encontros com anjos ou demônios. Esses relatos podem se chamar de descrições do "cosmo distante", já que retratam o mundo espiritual distante de nós. Os relatos modernos, anotados pelos médicos, descrevem principalmente quadros do "cosmo próximo": as primeiras impressões da alma que acaba de deixar o corpo. Esses relatos são interessantes, pois complementam a primeira categoria de relatos (dos tempos mais antigos) e nos dão a possibilidade de entender com mais clareza aquilo que espera cada um de nós. Entre estas duas categorias, está a descrição de K. Ixcul, publicada pelo Arcebispo Nikon (Igreja Ortodoxa Russa), em 1916, sob o título "Inacreditável Para Muitos, Mas Aconteceu" que abrange os dois mundos - o "distante" e o "próximo”. Em 1959, esta obra foi reeditada.

K. Ixcul era um típico jovem intelectual da Rússia antes da revolução. Ele foi batizado quando criança e cresceu no meio ortodoxo, mas como era comum entre os intelectuais, era indiferente à religião. Entrava numa igreja de vez em quando, comemorava as festas de Natal e Páscoa e até comungava uma vez por ano, mas considerava muitos ensinamentos do cristianismo católico ortodoxo como superstições arcaicas, inclusive o ensinamento sobre a vida após a morte. Ele tinha certeza de que, com a morte, terminava definitivamente a existência do ser humano. Certa ocasião, ele teve uma grave pneumonia, que não sarava se tornou muito séria. Enfim, foi internado. Ele não pensava sobre a morte que se aproximava, e esperava ficar bom logo e recomeçar suas atividades habituais. Certa manhã, de repente, sentiu-se muito bem. A tosse passou, a febre baixou. Ele pensou que estava curado. Mas, para seu espanto, os médicos ficaram preocupados e trouxeram oxigênio. Depois, calafrios e uma completa apatia por tudo o que ocorria em sua volta. Ele conta:

"Toda a minha atenção concentrou-se em mim mesmo... é como se ocorresse bipartição... apareceu o ‘homem interior’, que tinha total indiferença ao corpo exterior e ao que ocorria com ele... Era espantoso ver e ouvir e ao mesmo tempo sentir desinteresse em relação a tudo. O médico faz uma pergunta, eu ouço, entendo, mas não respondo. Não tenho porque falar com ele... E de repente, fui puxado para baixo, para a terra, por uma força enorme. Eu me agitei. ‘Agonia’, disse o médico. Eu entendia tudo, mas não sentia medo. Lembrei-me de ter lido que a morte é dolorosa, mas não sentia dor. No entanto, sentia um pesar. Eu era puxado para baixo... Eu sentia que algo deveria desprender-se... Fiz um esforço para me libertar e, de repente, senti-me leve. Eu senti paz. Lembro-me claramente do restante. Eu estou em pé no meio do quarto. A minha direita, formando semicírculo em torno da cama, estão os médicos e as enfermeiras. Eu estava surpreso: o que eles estão fazendo lá, já que eu não estou lá, estou aqui? Aproximei-me para olhar. Deitado sobre a cama, estava eu. Ao ver o meu ‘dublê’, não me assustei, mas fiquei surpreso - como é possível? Eu quis tocar em mim mesmo: minha mão atravessou, como se tivesse atravessado o vazio. Não consegui também tocar os outros. Não sentia o chão... Eu chamei o médico, mas ele não reagiu. Eu entendi que estava completamente só, e entrei em pânico. Olhando o meu corpo físico, pensei: 'Será que eu morri?' Mas isso era difícil de admitir. Eu me sentia mais vivo do que antes, sentia tudo e entendia. Após um certo tempo, os médicos saíram do quarto, os dois enfermeiros começaram a discutir detalhes da minha enfermidade e da morte, e a auxiliar fez o sinal da Cruz e em voz alta desejou-me o habitual: ‘Que ele tenha o Reino dos Céus, e paz eterna’. Mal ela pronunciou essas palavras, apareceram dois anjos. Um deles, eu imediatamente o reconheci, era o meu anjo da guarda, o outro eu desconhecia. Os dois anjos, pegando-me sob os braços, levaram-me para a rua, direto através da parede do hospital. Já escurecia e nevava. Eu via isso, mas não sentia nem o frio e nem mudança de temperatura. Nós começamos a subir rapidamente".

Graças às novas pesquisas na área da reanimação e coletando diversos relatos dos sobreviventes à morte clínica, é possível formar um quadro detalhado, sobre o que a alma vivencia logo após a separação do corpo. Claro que cada caso tem suas características individuais, que os outros não têm. É natural, porque quando a alma vai para o "além" é como se ela fosse um bebê recém nascido com a visão e audição ainda não desenvolvidos. Por isso, as primeiras impressões das pessoas têm caráter subjetivo. No entanto, no seu conjunto, elas ajudam a formar um quadro bastante sólido e coeso, ainda que não totalmente compreensível para nós.

A seguir, os momentos mais característicos das experiências do "outro mundo" cuja fonte são os estudos recentes sobre vida após a morte.

1) Visão do "dublê": Tendo morrido, o homem não se dá conta disso, imediatamente. E só depois de se ver deitado e inerte, embaixo de si mesmo, convence que é incapaz de comunicar-se, e percebe que a sua alma saiu do corpo. Às vezes, acontece que, após um desastre inesperado, quando a separação do corpo físico ocorre brusca e inesperadamente, a alma não reconhece o seu corpo e pensa que está vendo alguém parecido com ele. A visão do “dublê” e a incapacidade de comunicar-se provocam um grande choque na alma, de modo que ela não tem certeza se isto é sonho ou realidade.

2) Consciência não rompida: Todos os sobreviventes à morte temporária testemunham que conservaram totalmente o seu "eu" e todas as suas capacidades mentais, sensoriais e de vontade. Mais que isso, a visão e a audição tornam-se até mais aguçadas, o raciocínio fica mais claro e torna-se mais enérgico e a memória torna-se lúcida. Pessoas que he muito tempo perderam alguma capacidade em conseqüência de doença ou da idade, a recuperam. Percebe-se que é possível ver, ouvir, pensar e sentir, mesmo não tendo órgãos físicos. É particularmente fantástico, por exemplo, que um cego de nascença, tendo saído do corpo, viu tudo que era feito com o seu corpo pelos médicos e enfermeiros; e ao retornar, após relatar todo o ocorrido, voltou a ser cego. Os médicos e psiquiatras, que associam as funções de pensar e de sentir aos processos químico-elétricos no cérebro, devem levar em conta esses dados modernos, compilados por médicos - reanimadores para entender corretamente a natureza humana.

3) Alívio: Normalmente, a morte é precedida pela doença e sofrimento.Ao sair do corpo a alma se alegra, pois nada mais dói, nada oprime, nada sufoca, a mente funciona claramente, os sentimentos apaziguados. O homem começa a identificar-se com a alma, e o corpo parece ser algo secundário e inútil, como tudo que é material. "Eu saio, e o corpo é um invólucro vazio" - explica um homem que sobreviveu à morte temporária. Ele assistiu à sua cirurgia cardíaca como se fosse um "espectador." As tentativas de reanimar o seu corpo, absolutamente não o interessavam. Aparentemente, ele tinha se despedido mentalmente da vida terrena e estava pronto para iniciar uma nova vida. Entretanto, permanecia com ele o amor pela família e preocupação com os filhos que deixava. Deve-se notar que, nesse momento, mudanças radicais no caráter do indivíduo não ocorrem. O indivíduo permanece o mesmo que era. "A suposição que, abandonando o corpo, a alma imediatamente passa a conhecer e entender tudo, é falsa. Eu vim para esse novo mundo do mesmo jeito como saí do velho," - conta K. Ixcul.

4) O Túnel e a Luz: Após a visão do seu próprio corpo físico e do ambiente que o rodeia, algumas almas continuam no outro mundo espiritual, enquanto outras não passam pela primeira fase ou não reparam nela e vão direto para o segundo estágio. A passagem para o mundo espiritual, alguns descrevem como sendo uma viagem através do espaço escuro, lembrando um túnel, no final do qual eles vão parar numa região de luz não terrena. Existe um quadro do século XV, de Jerônimo Bosch (1450 - 1516), intitulado "Ascensão ao Empírico" (abaixo) que representa algo semelhante à passagem da alma pelo túnel. Isso pode significar que mesmo naquele tempo alguém já tinha acesso a esse conhecimento.




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A maioria testemunha sobre a Luz, como sendo um “ser” moralmente bondoso, e não como uma energia impessoal, alguém que leva paz e amor. No encontro com a Luz, eles não conversam em nenhum idioma. A Luz se comunica com eles “mentalmente”. Nesse momento, tudo era tão claro, que seria absolutamente impossível esconder algo da Luz.

5. Revisão e julgamento: Alguns, que sobreviveram à morte temporária, descrevem a etapa de “revisão da vida” que tiveram. Às vezes, a revisão ocorria durante a etapa da visão da Luz, quando o homem ouvia da Luz uma pergunta do tipo: “O que você fez de bom?" A pergunta não era feita para se saber algo, mas para que a pessoa pudesse recordar a sua vida. E assim, o “filme” da vida terrena individual “passava” perante sua visão espiritual, começando desde a tenra infância. O “filme da vida” se move como uma sequência de quadros de episódios da vida, um após o outro, e a pessoa vê claramente e com detalhes tudo que aconteceu com ela. Nesse momento, se revive conscientemente e se reavalia tudo aquilo que se viveu. Eis um dos casos típicos que ilustra o processo da revisão: "Quando a Luz chegou, ouvi a pergunta: ‘O que você fez em sua vida? O que pode me mostrar?’ ou algo semelhante a isso. E então, começaram a aparecer esses quadros. Eram quadros muito nítidos, coloridos, tridimensionais e em movimento. Toda a minha vida passou por mim... Eis eu, ainda uma menina pequena, brincando com a irmã perto do riacho... Depois, os acontecimentos da minha casa... escola... casamento... Tudo seguia na minha frente com todos os detalhes minúcias. Eu revivia esses acontecimentos... Eu vi às vezes em que fui cruel e egoísta. Senti vergonha de mim mesma e desejava que isto nunca tivesse acontecido. Mas, era impossível mudar o passado..." (‘Life after life’, pg. 65-68)

Reunindo muitos relatos de pessoas que passaram pela revisão da vida, deve-se concluir que ela sempre deixa nelas uma impressão profunda e benéfica. Realmente, durante essa revisão, a pessoa é forçada a reavaliar seus atos, fazer o balanço do seu passado e assim é como se fizesse um julgamento sobre si mesmo. Na vida diária, as pessoas escondem o lado negativo do seu caráter e escondem-se atrás de uma “máscara de virtude”, para parecerem melhores do que realmente são. A maioria das pessoas está tão acostumada com a hipocrisia, que deixaram de ver o seu verdadeiro eu. Mas, no momento da morte, essa máscara cai e a pessoa se vê tal qual realmente é. Principalmente, no momento da revisão, torna-se visível a cada um os seus atos ocultos: ouve-se cada palavra dita, cada acontecimento esquecido é revivido. Nesse momento, tudo que se conseguiu durante a vida - situação sócio-econômica, diplomas, títulos, etc. perde seu sentido. A única coisa que serve para avaliação é o lado moral dos atos. E, nessa hora, a pessoa se julga não apenas pelo o que ela fez, mas também, como seus atos e palavras influenciaram outras pessoas. Outra pessoa descrevendo a revisão da sua vida:

"Senti-me fora do meu corpo, flutuando sobre um edifício, e vi o meu corpo deitado lá embaixo. Depois, uma luz me envolveu e nela eu vi como se fosse um filme de toda a minha vida. Senti-me muito envergonhado, porque muito do que eu antes considerava normal e aprovava, agora entendi que não era bom. Tudo era extremamente real. Eu sentia que um julgamento ocorria comigo e que uma razão superior me comandava e me ajudava a ver. O que mais me impressionou foi que me foi mostrado não apenas o que fiz mas como meus atos influenciaram outros... Aí eu entendi, que nada se apaga e nem passa em branco, mas que tudo, até os pensamentos, tem consequências." (‘Reflections on Life after Life’, pg. 3,4-5)

Se perguntar a alguém que experimentou a morte clínica, quanto tempo durou este estado, normalmente ele não é capaz de responder. As pessoas perdem completamente a noção do tempo. "Poderia ter sido alguns minutos, ou anos, não há nenhuma diferença" (‘Reflections on Life after Life’, pág.s 101; ‘Recollections of Death’, pág. 15).

7. O aspecto da alma: Quando a alma abandona o seu corpo, desaparecem marcas da idade; as crianças se vêem adultos, os velhos, moços (‘The Light Beyond’, pág. 75-76). As partes do corpo, por exemplo, mãos ou pernas perdidas por algum motivo, aparecem novamente. Os cegos voltam a enxergar.

8. Encontros: Alguns relatam encontros com parentes ou conhecidos já falecidos. Esses encontros às vezes aconteciam em condições terrenas, e às vezes em ambientes do outro mundo. Assim, por exemplo, uma mulher que passou pela morte temporária, ouviu os médicos dizendo aos seus parentes que ela estava morrendo. Tendo saído do corpo, viu seus parentes e amigos falecidos. Ela os reconheceu e eles estavam alegres por reencontrá-la. Outra mulher viu seus parentes que a cumprimentavam e apertavam suas mãos. Eles estavam vestidos de branco, estavam contentes e pareciam felizes: "..E de repente, virando de costas para mim, começaram a afastar-se. A minha avó, virando-se por sobre o ombro, me disse: ‘Nós te veremos mais tarde, não desta vez’. Ela tinha morrido aos 96 anos, mas lá parecia ter 40-45 anos, sadia e feliz". (Life After Life, pág. 55)

10. O Limiar: Alguns, estando no outro mundo, descrevem algo que parece ser uma divisa ou fronteira. Alguns a descrevem como sendo uma cerca ou grade na extremidade de um campo, outros como a beira de um lago ou de um mar, outros ainda como um portão, rio ou nuvem. A diferença na descrição decorre de novo da recepção subjetiva de cada um. O importante, no entanto, é que todos a compreendam exatamente como uma fronteira, atravessando a qual, não há mais retorno ao mundo anterior. Depois dela, começa a viagem para a Eternidade.

11. O Retorno: Às vezes, é dado ao recém-falecido a possibilidade de escolha: ficar ou retornar à vida na Terra. A voz da Luz pode perguntar, por exemplo: "Você está pronto?" Assim, o soldado ferido seriamente no campo de batalha viu seu corpo aleijado e ouviu a voz. Ele pensava que quem conversava com ele era Jesus Cristo. Foi lhe dado a possibilidade de voltar ao mundo terrestre, onde ficaria aleijado, ou ficar no "além." O soldado preferiu voltar. Muitos são atraídos de volta pelo desejo de concluir a sua missão terrena. Tendo voltado, afirmam que Deus permitiu a eles retornar e viver porque a sua missão de vida não estava concluída. Esta escolha foi satisfeita porque ela era fruto do senso de dever e não por motivos egoístas.

12. Uma Nova Atitude em Relação à Vida: Pessoas que estiveram mortas e viveram experiências "extra-físicas" apresentam grandes mudanças. Segundo afirmativa de muitos deles, ao voltar, procuram viver melhor. Muitos deles passaram a crer em Deus com mais convicção, mudaram seu modo de vida, tornaram-se mais sérios e mais profundos. Alguns até mudaram de profissão, indo trabalhar em hospitais e asilos de idosos, para ajudar os que necessitam. Todos os relatos de pessoas que passaram por morte temporária falam de fenômenos totalmente novos para a ciência, mas não para as religiões.

Mas nem todos os temporariamente mortos viram a luz. Os estudos detalhados do Dr. Ring mostram que a Luz aparece a uma porcentagem relativamente pequena das pessoas que tiveram experiências de morte temporária. Dr. Maurice Rawlings, que reanimou pessoalmente muitos moribundos, afirma que, percentualmente, o número de pessoas que vêem trevas e horrores é tecnicamente o mesmo do que as que vêem a Luz. Essa é a opinião também do Dr. Charles Garfield, que lidera pesquisas na área dos estados próximos à morte. Ele escreve: "Nem todos morrem de uma forma tranquila e agradável... Entre os pacientes questionados por mim, há quase o mesmo número de pessoas que experimentaram sensações desagradáveis e/ou encontros com seres semelhantes ao demônio, quanto as que tiveram sensações agradáveis. Alguns deles experimentaram ambas as sensações" (10, pág. 54-55).

Há base para supor que muitos, consciente ou inconscientemente, calam sobre suas sensações desagradáveis pós-morte. A impressão do Dr. Rawlings é que algumas visões são tão horríveis que o inconsciente das pessoas que as viram, automaticamente as apaga da memória (esquecimento seletivo). No seu livro, traz exemplos dessas amnésias. Além disso, pessoas que tiveram visões luminosas demonstram uma maior disposição para relatar suas experiências do que as que tiveram visões terríveis. Desta forma, foram detectados dois fatores que desequilibram a preponderância dos relatórios: a) o processo da amnésia seletiva e b) não querer “espalhar” coisas ruins a respeito de si mesmo.

Tudo leva a crer que essas diferenças radicais na qualidade das experiências depende diretamente daquilo que a pessoa foi em vida. Dependem, basicamente, do que ela acredita e de qual foi o seu modo de vida até a experiência. Os suicidas, especialmente, vivem experiências aterrorizantes. A impressão comum dos médicos reanimadores é que o suicídio provoca um terror realmente extraordinário. Dr. Bruce Greyson, psiquiatra do setor do pronto-socorro junto à Universidade de Connecticut, tendo estudado essa questão, testemunha que, "dentre os que passaram pela morte temporária, ninguém, por nada, quer acelerar o fim da sua vida". Apesar do "outro mundo" ser incomparavelmente melhor que o nosso, a nossa vida aqui tem um significado preparatório muito importante. Somente Deus decide quando o homem está suficientemente maduro para a eternidade.

O conhecido pesquisador Carl Osis testemunha que, durante a pesquisa na Índia, revelou-se que durante o processo da morte aproximadamente um terço dos hindus experimenta medo, depressão e grande nervosismo pela aparição de "yamdats”, os demônios do além. Aparentemente, o hinduismo pode proporcionar uma aproximação com forças indesejáveis, o que se manifesta em visões assustadoras nos momentos que precedem a morte.

Segundo o Bispo Alexander Mileant, da Igreja Ortodoxa Russa: "Se o homem é orgulhoso e deseja ardentemente ver algo sobrenatural, milagroso, algo que outras pessoas não conseguem, ele se encontra em grande perigo de tomar o demônio por anjo. Na literatura espiritual, este estado chama-se 'sedução' (‘pvélest’ em russo). Correm perigo de cair nesta 'sedução' os servidores de Deus vaidosos, os 'profetas' e curandeiros autodenominados e também pessoas que praticam mística pouco saudável... Dos relatos das pessoas que passaram por morte temporária não se apreende que eles praticassem algo semelhante. Na maioria dos casos, eram pessoas comuns, que por força de uma ou outra doença física morreram, mas, graças aos esforços dos médicos e ao sucesso da medicina moderna, foram reanimadas. Elas não esperavam ter nenhuma visão sobrenatural, e aquilo que lhes foi dado ver, foi obra da Misericórdia Divina, para que elas encarassem a vida de uma forma mais séria. Nos livros ortodoxos a respeito da vida pós morte há relatos sobre aparições de demônios aos moribundos e sobre a passagem das almas. No entanto, esses livros mostram que os demônios, normalmente, começam a atemorizar a alma após a chegada do anjo da guarda, que a acompanha no caminho ao Trono de Deus. Além disso, na presença do anjo, os demônios são obrigados a mostrar-se com sua real aparência abominável. Deus, por sua Misericórdia, mostra essa Luz maravilhosa para reforçar a vida na virtude. O contato com essa Luz sempre revela sentimentos de paz e felicidade. A luz do demônio, ao contrário, traz consigo um sentimento de obscura inquietação. Ela incute no homem um sentimento de superioridade, promete conhecimentos, mas não há amor nela, é uma luz fria".

A Sra. Beverly, aos 47 anos (um caso famoso entre os especialistas), contou como está feliz por estar viva. Desde a infância, ela sofreu muito nas mãos de pais cruéis que a torturavam diariamente. Já na maturidade, ela não podia contar sobre sua infância sem ficar estressada. Uma vez, quando estava com 7 anos, levada ao desespero pelos pais, atirou-se no chão de cabeça para baixo e quebrou a cabeça no piso. Durante a sua morte clínica, sua alma viu as crianças, suas conhecidas, em torno do seu corpo inerte. De repente, uma luz brilhante apareceu, e uma voz desconhecida lhe disse: "Você cometeu um erro, sua vida não lhe pertence e você deve voltar". Beverly retrucou: "Mas ninguém me ama e ninguém quer cuidar de mim". - "Isso é verdade" - disse a voz - "e no futuro ninguém vai cuidar de você. Por isto, aprenda a se cuidar". Após estas palavras, Beverly viu neve à sua volta e uma árvore seca. Mas, de algum lugar veio calor, a neve derreteu e os galhos secos da árvore cobriram-se de folhas e de maçãs maduras. Então aproximou-se da árvore e começou a colher as maçãs e a comê-las, o que lhe deu muito prazer. Nesse momento compreendeu que, assim como na natureza, cada vida tem seus períodos de inverno e de verão, os quais constituem um Todo no Grande Plano. Quando Beverly reviveu, ela começou a encarar a vida de uma maneira completamente nova. Tendo crescido, casou-se com um homem carinhoso e compreensivo, teve filhos e foi feliz .


Fontes e bibliografia:

MOODY, Raymond A. MD. Life after Life, New York: Bantam Books, 1978;
MOODY, Raymond A. MD. Reflections on Life after Life, New York: Bantam Books, 1978;
MOODY, Raymond A. MD. The Light Beyond, New York: Bantam Books, 1978;
MORSE, Melvin, MD. Closes to the Light, New York: Ivy Books, 1990;
SABOM, Michael, MD. Recollections of Death, New York: Harper & Raw Publishers, 1982;
RING, Kenneth, PhD. Life at Death, New York: QUILL, 1982;
MORSE, Melvin, MD. To Hell and Back, New York: Ivy Books/Ballantine Books, 1990;
ROSE, Hiero Monge Seraphim. The Soul After Death, California: Saint Herman of Alaska Brotherhood/Platina, 1980;
ANKENBERT, J. & WELDON, J. The Facts of Life After Death, Oregon: Harvest House Publishers/Eugene, 1992;
KASTENBAUM, Robert. Is There Life After Death?, New York: Prentice Hall, 1984;

* Este artigo é baseado nos textos do Bispo Alexander Mileant, da Igreja Ortodoxa Russa.


Retirado do blog: http://vozdaigreja.blogspot.com

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Por que a imagem desse terrorista religioso virou símbolo de liberdade?

 



O homem por trás da máscara era um revolucionário católico que tentou matar um rei protestante



Por que a imagem desse terrorista religioso virou símbolo de liberdade?
 
A máscara de um rosto sinistramente pálido, com um sorriso malicioso e finos bigodes pretos virados para cima fazem do rosto de Guy Fawkes um símbolo da desobediência civil no início do século 21. Se antes a face mais comum da revolução era a de Ernesto “Che” Guevara, hoje parece que o posto pertence a esse católico britânico levado à forca por traição no século 17.
A popularização da figura da máscara começou em 2006, por causa do sucesso do filme “V de Vingança”, adaptada para o cinema pelos irmãos Wachowski a partir de uma história em quadrinhos para adultos criada por Alan Moore e David Lloyd.
O protagonista do filme é um homem que vai contra o sistema, um herói misterioso que luta contra um regime fascista e vence ao explodir o Parlamento britânico. Uma das últimas cenas mostra uma multidão com máscaras imitando o rosto do rebelde olhando para o incêndio. Ao contrário de Fawkes, que falhou na vida real em detonar a dinamite que carregava.
James Sharpe, historiador proeminente e autor de um livro sobre Fawkes,  afirma e que a verdadeira história de vida desse homem está mais interligada com a questão religiosa na Inglaterra medieval do que o filme ou a história em quadrinhos se preocupam em mostrar.
Em 2008, o grupo de ativistas e hackers que se autodenomina Anonymous, escolheu usar a máscara de Fawkes como sua “cara pública” durante uma manifestação contra a Igreja da Cientologia, nos Estados Unidos.
A partir daí e do sucesso de ações do Annonymous em invadir e tirar do ar sites de grandes empresas e de governos, o rosto passou a simbolizar a defesa pelos direitos individuais. Durante o movimento Ocupar Wall Street, e outros similares que surgiram pelo mundo todo, tornou-se um dos maiores símbolo dos grupos anticapitalistas.
Eles afirmam não terem um líder, serem um coletivo, lutarem contra as justiças do mundo, estares do lado dos pobres e fazem tudo isso “para dar risadas”.
“Algumas pessoas usam essa máscara por moda, outras sabem o que ela representa. Eu tenho uma para mostrar o meu apoio à mensagem contra a tirania e fazer parte deste movimento global de contestação e de cidadania”, contou um dos manifestantes acampado em frente à catedral Saint Paul, no centro financeiro de Londres.
No último sábado, um grande grupo marchou em direção ao Parlamento inglês. A importância da data, 5 de novembro de 1605., é porque foi nesse dia que a polícia britânica prendeu Fawkes com vários quilos de explosivos na parte subterrânea do Parlamento.
O costume, desde então, é no quinto dia do de novembro acender fogueiras, lançar fogo-de-artifício e queimar reproduções do rebelde católico. Uma espécie de “malhação de Judas”, que serviria de aviso a qualquer um que pense em cometer uma traição contra a monarquia.
Com seu ato terrorista, Guy Fawkes não desejava destruir o sistema. Queria apenas derrubar a monarquia do rei protestante James I e fazer um protesto contra a perseguição religiosa de católicos no Reino Unido.
Fawkes e outros participaram do que ficou conhecido como “a Conspiração da Pólvora”. Explodir o Parlamento enquanto o Rei James estava lá era seu objetivo, uma manobra política. Conta à história que eles foram presos e torturados durante quatro dias, depois julgados e condenados à morte por enforcamento.
Seja por sorte ou algum tipo de ajuda, Fawkes não morreu na forca. Ele teria tropeçado ao subir para o cadafalso e quebrou o pescoço na queda. Todos os historiadores concordam que Guy Fawkes não foi um combatente contra o sistema. Sequer era o mentor do atentado, mas foi escolhido por ser um especialista em armas.
Ele poderia ser considerado um terrorista religioso que tentou destituir o rei protestante e devolver o domínio do seu país aos católicos. É bom ressaltar que o rei James I foi responsável pela tradução da Bíblia pra o inglês, a versão King James, Seu nome ficou, assim, perpetuado na história do protestantismo. Se Fawkes tivesse sido bem-sucedido, provavelmente a bíblia King James jamais teria existido.
Ironicamente, as máscaras com a “cara de Fawkes”, que vendem aproximadamente 100 mil exemplares por ano em todo o mundo, são uma propriedade registrada da Time Warner, detentora dos direitos do filme  “V de Vingança” Ou seja, ao usarem essa imagem para combater o capitalismo selvagem, como afirmam, na verdade ajudam a dar lucro para uma multinacional que lucrou cerca de 1,6 bilhão de dólares no ano passado.

Traduzido e Adaptado por Gospel Prime de CNN e informações da Wikipedia

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Professor faz Crucificado seguindo os dados do Santo Sudário

Prof. Juan Manuel Miñarro explica seu trabalho
O escultor espanhol e catedrático da Universidade de Sevilha, Juan Manuel Miñarro estudou durante dez anos o Santo Sudário de Turim.

Como resultado esculpiu um Crucificado que, segundo o artista, seria uma reprodução científica do estado físico de Nosso Senhor Jesus Cristo depois de sua morte.

O autor não visava provar a existência de Jesus de Nazaré, mas destacar os impressionantes acertos anatômicos constatados no estudo científico do Santo Sudário.

O professor Miñarro disse à BBC Brasil que, embora tenha privilegiado a “exatidão matemática”, “essa imagem só pode ser compreendida com olhos de quem tem fé”.

“A princípio, ela pode chocar pelo realismo, mas ela reproduz com fidelidade a cena do Calvário”, completou. Miñarro levou mais de dois anos para concluir sua obra.

Jesus Crucificado segundo o Santo Sudário:
estreita concordância com as imagens tradicionais
O escultor não trabalhou só. Ele presidiu o trabalho de um grupo de cientistas que levaram adiante uma investigação multidisciplinar do Sudário de Turim.

O crucificado é o único “sindônico” no mundo, pois reflete até nos mais mínimos detalhes os múltiplos traumatismos do corpo estampado no Santo Sudário.

A imagem representa um corpo de 1,80 metros de altura, de acordo com os estudos no Sudário feitos pelas Universidades de Bolonha e Pavia. Os braços e a Cruz formam um ângulo de 65 graus.

A Coroa de Espinhos tinha forma de casco, cobrindo toda a cabeça, e foi feita com jujuba “ziziphus jujuba”, uma espécie de espinheiro cujas agulhas não se dobram.

A pele apresenta exatamente o aspecto de uma pessoa morta há uma hora. O ventre aparece inchado por causa da crucifixão.

O braço direito aparece desconjuntado pelo fato do crucificado se apoiar nele à procura de ar durante a asfixia sofrida na Cruz.

Coroa de espinhos segundo o Santo Sudário
O polegar das mãos está virado para dentro, reação do nervo quando um objeto atravessa a munheca.

A escultura reflete também a presença de dois tipos de sangue: o vertido antes da morte e o derramado post mortem. Também aparece o plasma da ferida do costado, de que fala o Evangelho.

A elaboração destes pormenores foi supervisionada por hematologistas. A pele dos joelhos está aberta pelas quedas e pelas torturas.

Há grãos de terra incrustados na carne que foram trazidos de Jerusalém.

As feridas são típicas das produzidas pelos látegos romanos, que incluíam bolas de metal com pontas recurvadas para rasgar a carne.

Não há zonas vitais do corpo atingidas pelos látegos porque os verdugos poupavam essas partes para que o réu não morresse na tortura.

Foram necessários 10 anos de estudo
A maçã do rosto do lado direito está inchada e avermelhada pela ruptura do osso malar.

A língua e os dedos do pé apresentam um tom azulado, característicos da parada cardíaca.

Por fim, embaixo da frase em hebraico “Jesus Nazareno, rei dos judeus”, a tradução em grego e em latim está escrita da direita para a esquerda, erro habitual naquela época e naquela região.

A escultura esteve exposta na igreja de São Pedro de Alcântara, Córdoba, Espanha, e saiu em procissão pelas ruas da cidade durante a Semana Santa.

Com os mesmos critérios e técnicas, Miñarro está criando outras imagens que representam a Nosso Senhor em diferentes momentos de sua dolorosa Paixão.

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