sábado, 30 de julho de 2011

Resposta à Revista Veja

Sou professora do Estado do Paraná e fiquei indignada com a reportagem da jornalista Roberta de Abreu Lima "Aula Cronometrada". É com grande pesar que vejo quão distante estão seus argumentos sobre as causas do mau desempenho escolar com as VERDADEIRAS  razões que  geram este panorama desalentador. Não há necessidade de cronômetros, nem de especialistas  para diagnosticar as falhas da educação. Há necessidade de todos os que pensam que: "os professores é que são incapazes de atrair a atenção de alunos repletos de estímulos e inseridos na era digital" entrem numa sala de aula e observem a realidade brasileira.

Que alunos são esses "repletos de estímulos" que muitas vezes não têm o que comer em suas casas quanto mais inseridos na era digital? Em que  pais de famílias oriundas da pobreza  trabalham tanto que não têm como acompanhar os filhos  em suas atividades escolares, e pior em orientá-los para a vida? Isso sem falar nas famílias impregnadas pelas drogas e destruídas pela ignorância e violência, causas essas que infelizmente são trazidas para dentro da maioria das escolas brasileiras.
Está na hora dos professores se rebelarem contra as acusações que lhes são impostas. Problemas da sociedade deverão ser resolvidos pela sociedade e não somente pela escola.Não gosto de comparar épocas, mas quando penso na minha infância, onde pai e mãe, tios e avós estavam presentes e onde era inadmissível faltar com o respeito aos mais velhos, quanto mais aos professores e não cumprir as obrigações fossem escolares ou simplesmente caseiras, faço comparações com os alunos de hoje "repletos de estímulos". Estímulos de quê?  De passar o dia na rua, não fazer as tarefas, ficar em frente ao computador, alguns até altas horas da noite, (quando o têm), brincando no Orkut, ou o que é ainda pior envolvidos nas drogas. Sem disciplina seguem perdidos na vida.
Realmente, nada está bom. Porque o que essas crianças e jovens procuram é amor, atenção, orientação e disciplina.
Rememorando, o que tínhamos nós, os mais velhos,  há uns anos atrás de estímulos? Simplesmente: responsabilidade, esperança, alegria.
Esperança que se estudássemos teríamos uma profissão, seríamos realizados na vida. Hoje os jovens constatam que se venderem drogas vão ganhar mais. Para quê o estudo? Por que numa época com tantos estímulos não vemos olhos brilhantes nos jovens? Quem, dos mais velhos, não lembra a emoção de somente brincar com os amigos,  de ir aos piqueniques, subir em árvores?
E, nas aulas, havia respeito, amor pela pátria.. Cantávamos o hino nacional diariamente, tínhamos aulas "chatas" só na lousa e sabíamos ler, escrever e fazer contas com fluência.
Se não soubéssemos não iríamos para a 5ª. Série. Precisávamos passar pelo terrível, mas eficiente, exame de admissão. E tínhamos motivação para isso.
Hoje, professores "incapazes" dão aulas na lousa, levam filmes, trabalham com tecnologia, trazem livros de literatura juvenil para leitura em sala-de-aula (o que às vezes resulta em uma revolução),  levam alunos à biblioteca e a outros locais educativos (benza, Deus, só os mais corajosos!) e, algumas escolas públicas onde a renda dos pais comporta, até a passeios interessantes, planejados minuciosamente, como ir ao Beto Carrero.
E, mesmo, assim, a indisciplina está presente, nada está bom. Além disso, esses mesmos professores "incapazes",  elaboram atividades escolares como provas, planejamentos, correções nos fins-de-semana, tudo sem remuneração;
Todos os profissionais têm direito a um intervalo que não é cronometrado quando estão cansados. Professores têm 10 minutos de intervalo, quando têm de escolher entre ir ao banheiro ou tomar às pressas o cafezinho. Todos os profissionais têm direito ao vale alimentação, professor tem que se sujeitar a um lanchinho, pago do próprio bolso, mesmo que trabalhe 40 h.semanais. E a saúde? É a única profissão que conheço que embora apresente atestado médico tem que repor as aulas. Plano de saúde? Muito precário.
Há de se pensar, então, que  são bem remunerados... Mera ilusão! Por isso, cada vez vemos menos profissionais nessa área, só permanecem os que realmente gostam de ensinar, os que estão aposentando-se e estão perplexos com as mudanças havidas no ensino nos últimos tempos e os que aguardam uma chance de "cair fora".Todos devem ter vocação para Madre Teresa de Calcutá, porque por mais que  esforcem-se em ministrar boas aulas, ainda ouvem alunos chamá-los de "vaca","puta", "gordos ", "velhos" entre outras coisas. Como isso é motivante e temos ainda que ter forças para motivar. Mas, ainda não é tão grave.
Temos notícias, dia-a-dia,  até de agressões a professores por alunos. Futuramente, esses mesmos alunos, talvez agridam seus pais e familiares.
Lembro de um artigo lido, na revista Veja, de Cláudio de Moura Castro, que dizia que um país sucumbe quando o grau de incivilidade de seus cidadãos ultrapassa um certo limite.
E acho que esse grau já ultrapassou. Chega de passar alunos que não merecem. Assim, nunca vão saber porque devem estudar e comportar-se na sala de aula; se passam sem estudar mesmo, diante de tantas chances, e com indisciplina... E isso é um crime! Vão passando série após série, e não sabem escrever nem fazer contas simples. Depois a sociedade os exclui, porque não passa a mão na cabeça. Ela é cruel e eles já são adultos.
Por que os alunos do Japão estudam? Por que há cronômetros? Os professores são mais capacitados? Talvez, mas o mais importante é  porque há disciplina. E é isso que precisamos e não de cronômetros.  Lembrando: o professor estadual só percorre sua íngreme carreira mediante cursos, capacitações que são realizadas, preferencialmente aos sábados. Portanto, a grande maioria dos professores está constantemente estudando e aprimorando-se. Em vez de cronômetros, precisamos de carteiras escolares, livros, materiais, quadras-esportivas cobertas (um luxo para a grande maioria de nossas escolas), e de lousas, sim, em melhores condições e em maior quantidade.
Existem muitos colégios nesse Brasil afora que nem cadeiras possuem para os alunos sentarem. E é essa a nossa realidade!  E, precisamos, também, urgentemente de educação para que tudo que for fornecido ao aluno não seja destruído por ele mesmo Em plena era digital, os professores ainda são obrigados a preencher os tais livros de chamada, à mão: sem erros, nem borrões  (ô, coisa arcaica!), e ainda assim se ouve falar em cronômetros. Francamente!!!
Passou da hora de todos abrirem os olhos  e fazerem algo para evitar uma calamidade no país, futuramente. Os professores não são culpados de uma sociedade incivilizada e de banditismo, e finalmente, se os professores  até agora  não responderam a todas as acusações de serem despreparados e  "incapazes" de prender a atenção do aluno com aulas motivadoras é porque não tiveram TEMPO.
Responder a essa reportagem custou-me metade do meu domingo, e duas turmas sem as provas corrigidas.
Vamos fazer uma corrente via internet, repasse a todos os seus! Grata.
Vamos começar uma corrente nacional que pelo menos dê aos professores respaldo legal quando um aluno o xinga, o agride... chega de ECA que não resolve nada, chega de Conselho Tutelar que só vai a favor da criança e adolescente (capazes às vezes de matar, roubar e coisas piores), chega de salário baixo, todas as profissões e pessoas passam por professores, deve ser a carreira mais bem paga do país, afinal os deputados que ganham 67% de aumento tiveram professores, até mesmo os "alfabetizados funcionais". Pelo amor de Deus somos uma classe com força!!! Somos politizados, somos cultos, não precisamos fechar escolas, fazer greves, vamos apresentar um projeto de Lei que nos ampare e valorize a profissão.


Vanessa Storrer - professora da rede Municipal de Curitiba!


Session - 30/07/11


Sick, sick.. dois KK vs AA.. hoje quase não acertei flop nenhum.. nenhum set.. foi umas das piores sessões que ja joguei.. só fui ownado por quase todo mundo.. principalmente pelo baralho.. apesar disso joguei muito bem se isso serve de consolo.. não sei se voltarei a jogar essa semana.. estou esperando sair o resultado de umas provas.. só voltarei a jogar talvez depois de terça se eu receber a notícia que fui aprovado.. senão.. vou ter que estudar pra fazer uma reposição.. abraço pra os que lêem isso aqui.. =)

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Aprenda a usar o semi-blefe


O semi-blefe com draws

O semi-blefe é uma das técnicas mais poderosas do Texas Hold’em que você pode ter em seu arsenal.
Um semi-blefe é quando você aposta forte sem nada na mão, mas tem vários outs e possibilidades de
completar o seu jogo, o que faz sua jogada não ser realmente um blefe.

O semi-blefe é especialmente poderoso quando feito com draws para sequência e flush. Draws são
quando você tem 4 cartas e precisa de apenas mais uma para completar a sequência ou o flush. É
possível ganhar muito dinheiro com essas mãos, mesmo quando você não consegue completar o jogo.

O jeito errado de fazer o semi-blefe

Veja um exemplo de como a maioria das pessoas joga o draw.

Você está no cutoff e recebe:

8♣ 7♣

O jogador no UTG (under the gun, a primeira posição na mesa) inicia as ações com um raise de 4 BBs.
Um jogador em posição média paga e a ação chega a você. Você adora jogar com cartas conectadas de
mesmo naipe e então para ver o flop, torcendo para que consiga algo para surpreender os adversários.
Além do mais, você tem vantagem de posição sobre os dois, algo muito importante nessa situação.
Portanto, esse é um call fácil.

O flop vem: K♠ 6♣ 9♣

Legal! Você acabou de flopar uma queda para sequência e flush aberta nas duas pontas. Você tem
possibilidades de fazer a mão do que consegue imaginar. O jogador no UTG, que fez o raise pré-flop,
sai disparando uma aposta do tamanho do pote, sem hesitar. O outro jogador corre e é sua vez de
decidir o que fazer. Você pensa um pouco e dá call.

Parece ter sido a decisão correta para você. Afinal, você tem abertura nas duas pontas para sequência e
flush, você tem que ver o turn e o river. As chances são boas de que uma hora você consiga a carta para
completar a mão.

O turn traz: J♥

Não é bem o que você esperava. O UTG faz uma aposta de cerca de ¾ do pote, que já estava bem
grande. E, mais uma vez, você paga.

Vem o river: 3♦

Não serviu para nada. Você não conseguiu completar a mão. Seu adversário agora empurra all-in, e você
não pode fazer nada a não ser desistir e vê-lo levar o pote gigantesco.

Você acabou de ver uma péssima maneira de jogar sua queda para sequência e flush. No entanto, é
assim que muitos jogam esse tipo de mão, instintivamente até. Isso pode ser natural para quem joga de
forma reativa e não proativa. Não deixe seus adversários dispararem aposta sobre aposta enquanto você
só fica dando call.

O problema disse é que a única forma de levar o pote é conseguindo completar a mão. E, claro, as
possibilidades de se conseguir completar a mão estão quase sempre contra você. No nosso exemplo,
com uma queda aberta nas duas pontas para sequência ou flush, você tem cerca de 55% de completar a
mão após o flop, e 33% de fazê-lo no river. São chances boas e razoáveis, mas lembre-se de que essa são
as melhores probabilidades que você vai conseguir com um draw (possibilidade de flush e sequência nas
duas pontas). Na maioria das vezes, seu draw não será tão bom assim e suas probabilidades serão bem
menores.

Faça o semi-blefe do jeito certo

Veja agora o jeito certo de se jogar essa mão. A chave, claro, é dar raise no pote quando você tem o
draw.

Vamos lá. Você tem seu 8♣ 7♣ e o flop traz:


K♠ 6♣ 9♣

O jogador UTG faz uma aposta do tamanho do pote, o outro jogador desiste e a ação chegou a você.
Em vez de dar call, você vai pro reraise e dobra a aposta do UTG.

Se ele tem algo como AQ, provavelmente irá correr na mesma hora. Mas vamos dizer que ele tivesse
uma mão como AK ou KQ e tivesse feito o top pair. Seu raise virou o jogo totalmente. Agora ele não
está mais tão confiante em sua mão e é obrigado a estabelecer considerar fortemente a possibilidade de
você ter AA ou KK em seu range. Além disso, ele perdeu o controle da ação.

Ele hesita um pouco e paga. O turn vira e a mesa está assim:

K♠ 6♣ 9♣ J♥

Em vez de disparar uma aposta dessa vez (como ele fez no exemplo anterior), o UTG pede mesa. Ele
espera que você aposte, é claro.

É aí que você assume o controle da mão. Você pode apostar e fazê-lo correr. Mesmo que ele pague você
tem chances razoáveis de completar seu jogo. Ou você pode pedir mesa também e ver a carta de graça,
na esperança de acertar a carta no river.

Lembre-se de que no primeiro exemplo, o UTG havia feito uma aposta de ¾ do pote no turn. Isso
porque era ele quem estava controlando as apostas. Com o raise, você assumiu o comando da mão,
obrigou o UTG a pedir mesa no turn e agora tem como ver o river de graça. Assim, chegará ao river
gastando menos que no primeiro exemplo. Perceba que, além de todas as vantagens já mencionadas,
jogar agressivamente é um jeito de economizar dinheiro também!

E não é só isso. Após o check do seu adversário, você está em posição derrotá-lo imediatamente,
sem ver o river. Graças ao seu jogo agressivo, você pode levar um grande pote sem nem mesmo ter
completado a mão.

E se o turn tivesse completado seu flush ou sua sequência, tudo bem. O UTG provavelmente se
assustaria com a mesa e iria correr, mas você já o fez colocar mais dinheiro na mesa até o turn do que
ele havia colocado no primeiro exemplo. Você soube virar a mesa e criou uma situação muito vantajosa.

Vamos rever o que você consegue fazendo um raise agressivo com draws:

• Você ganha uma carta grátis.
• Você fica em posição de levar o pote sem precisar completar a mão.
• Você aumenta o pote mais cedo, de forma que quando consegue fazer seu jogo, você acaba levando
mais dinheiro.

Essa é a maneira perfeita de jogar o semi-blefe e maximizar suas vitórias com uma grande mão, ao
mesmo tempo em que minimiza seu risco. A chave é ser sempre tomar a iniciativa, em vez de esperar e
reagir, e assumir o controle das apostas dando raise com seus draws.

www.querosershark.com

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Pedra, papel e tesoura: a hierarquia do seu arsenal em um MTT


Antes de mais nada quero deixar bem claro que a autoria desta analogia não é minha, mas sim de Arnold Snyder, autor de diversos livros de Blackjak e pôquer, entre eles o The Poker Tournament Formula, onde a tal comparação é apresentada. Bom, mas então vamos ao que interessa...

Todos devem conhecer o jogo pedra, papel e tesoura, mas para quem não sabe é o seguinte: este é o jogo de RPG mais elementar que existe, basta escolher uma arma e desafiar o adversário, a melhor arma no duelo vence. A hierarquia é da seguinte forma: a pedra quebra (vence) a tesoura; a tesoura corta (vence) o papel; e por sua vez o papel embrulha (vence) a pedra. Simples, não é? Sabido isso o jogo é jogado como um par ou impar, mas ao invés de números utilizam-se os símbolos com as mãos, onde a pedra é o punho cerrado, o papel é a mão aberta e a tesoura é o vê de vitória do Senna (apenas o indicador e o dedo médio levantados).

Bom, agora você deve estar se perguntando, mas e o que isso tem a ver com o pôquer? Acontece que em torneios de múltiplas mesas (MTT), especialmente nos torneios considerados rápidos (onde os blinds crescem rapidamente e chega-se á mesa final com a maioria dos jogadores short stack) você tem um arsenal composto por três armamentos: suas cartas, sua posição e sua pilha de fichas. E assim como no joguinho elementar, no pôquer, que de elementar não tem nada, também existe uma hierarquia entre as armas.

A primeira impressão pode ser de que as cartas ganham sempre, mas não é bem assim. Boas cartas podem ganhar, mas elas são raridades. Quantas vezes em um torneio você flopa o nuts? Se você se convenceu disso será mais fácil concordar com a analogia. Então no pôquer as fichas representam a pedra; a tesoura é sua posição na mesa e as cartas são o papel. Isto mesmo as cartas vencem as fichas, as fichas vencem a posição e a posição vence as cartas!!!

Fácil? Nem tanto, mas vou tentar explicar. De qualquer forma sugiro que leiam o livro de Snyder para uma explicação mais detalhada e uma compreensão mais ampla.

A parte mais simples de aceitar é: As cartas vencem as fichas (o papel embrulha a pedra). Isso nada mais significa que com boas cartas você não precisa temer o chip leader de sua mesa, bem pelo contrário você quer definitivamente ele, pois poderá dobrar seu stack! Simples e óbvio.

Um pouco mais sutil é: Fichas vencem posição (a pedra quebra a tesoura). Você se sente confortável ao pagar um aumento ou mesmo re-aumentar o chip leader da mesa simplesmente por saber que falará depois dele após o flop? Eu não, a não ser que eu tenha cartas!! O que Snyder quer dizer é que as fichas impõem respeito e você pode jogar mais solto com uma considerável pilha de fichas em sua frente, se beneficiando da pressão que você poderá exercer sobre seus adversários com o poder das fichas. Da mesma forma que você deverá respeitar um adversário bem munido quanto você está mais apertado ou mesmo em uma situação intermediária no que diz respeito ao volume do seu stack.

Agora o ponto delicado e mais sensacional: Posição vence cartas (a tesoura corta o papel)!!! Essa é realmente difícil de engolir, mas vamos lá. Como eu já disse, quando falo em cartas não me refiro a grandes jogos, pois estes são exceção. Refiro-me as cartas distribuídas de forma aleatória, onde sabemos que na maioria das vezes temos jogos razoáveis. Dito isto, a questão é a seguinte: aprenda a jogar sua posição para acumular fichas de forma contínua em um torneio rápido. As cartas boas vem de vez em quando de forma aleatória, um stack consistente (para poder jogar as fichas) depende de seu sucesso durante o torneio, mas a posição se alterna de forma ordenada entre todos os participantes do torneio e cabe a você utilizá - la de forma adequada e tirar proveito dela a cada oportunidade.

A sugestão do Snyder para praticar o jogo de posição é jogar sem olhar suas cartas de acordo com o seguinte esqueminha:

De qualquer umas das posições finais (Button, Cut off ou hijak seat) dê um raise padrão (3 à 4 vezes o valor do big blind) sempre que ninguém tiver entrado no jogo antes de você. Se for pago por um dos blinds e o adversário der check no flop aposte metade do pote. Se essa situação se repetir no turn faça o mesmo (enquanto o adversário apenas pagar e der check aposte você metade do pote). Vá até o river!!! Caso ele aposte antes de você ou dê reraise não exite em correr.

Se estiver no Button e um advesrário tiver feito um aumento padrão pague e siga a mesma estratégia para o flop, turn e river citados no parágrafo anterior. A mesma coisa se um ou mais adversários tiver entrado de limp, pague e aposte nas rodadas seguintes se eles demonstrarem fraqueza.

Parece loucura? Na verdade o que você está fazendo é jogar as cartas do adversário. E como na maioria das vezes as cartas não são realmente fortes você ganhará!! É claro que você poderá ser pego de vez em quando, quando encontrar um calling station por exemplo, que vai pagar até o fim sem apostar uma vez sequer, mas aí vai a sua leitura também. Nem tudo é tão simples, mas de qualquer forma vale o teste. Garanto que você vai se surpreender assim como eu me surpreendi com o resultado.

Para concluir gostaria de reforçar que este tipo de estratégia tem valor em torneios rápidos. De acordo com Snyder estes são torneios onde o jogador mais tight do mundo (aquele que só joga com par de azes naipados!!!) será engolido pelos blinds em no máximo duas horas e meia (em torneios live). No livro o autor explica muito bem como adaptar a estratégia de jogo ao ritmo do torneio e para isso é preciso levar em conta a quantia inicial de fichas, a estrutura dos blinds e o intervalo de cada nível. É uma abordagem bem interessante e diferenciada da maioria dos livros que já vi. Vale a pena!!!

Bom, então agora afiem suas tesouras e aproveitem esta poderosa arma! E depois comentem suas experiências comigo pelo e-mail serguem@gmail.com. Para quem quiser eu tenho também uma planilha resumo da relação entre cartas, posição e stack na estratégia básica defendida por Snyder e posso passar por e-mail.

Grande abraço, Serguem Trott.

Jogando para ganhar


Dicas para se dar bem em um evento de longa duração, contra muitos jogadores.

Isto já foi dito muitas vezes, mas é um conceito que merece ser repetido: quando falamos de torneios de poker, não existe uma só estratégia que irá ajudá-lo a vencer. Claro que isso não quer dizer que não existam alguns conceitos fundamentais que você deva entender, que podem ajudá-lo a se tornar um jogador mais forte. Esses conceitos existem, mas o que separa os maiores jogadores do mundo dos outros competidores são suas habilidades de pegar esses conceitos e aplicá-los sobre a tarefa – ou mesa – à sua frente. Com isso em mente, nós pedimos ao Team Full Tilt, e a alguns de seus profissionais, para criar um guia, que todos vocês poderão usar na próxima vez em que entrarem em um grande torneio, como o Main Event da World Series of Poker.

Início de torneio

Os profissionais lhe dirão que uma das chaves para sobreviver aos primeiros níveis de um torneio é encontrar um equilíbrio entre agressividade e paciência. Em resumo, seja seletivo na escolha das mãos que jogar, e daí jogue-as com força.

Chris Ferguson acredita que um dos maiores erros cometidos por muitos amadores no início desses torneios é jogar muitas mãos por muitas de suas fichas. A estratégia preferida de Chris é jogar mãos fortes em posição, e daí aplicar o máximo de pressão possível em seu oponente, para assim levar o pote. O seu colega Howard Lederer concorda, e diz que muitos jogadores desacostumados com fields desse tamanho acham que devem compensar e jogam muito agressivamente no início. "Se você conseguir tomar boas decisões contra seus adversários, terá a oportunidade de acumular fichas e sobreviver, ao passo em que o field começa a desmoronar", ele diz. Mas o que são "boas decisões"? De acordo com Phil Gordon, uma das melhores decisões é prevenir que seus adversários vejam flops baratos com cartas medíocres. No caso de Phil, isso significa aumentar a aposta toda vez que ele abre uma mão.

Phil, que assim como Chris e Howard prefere jogar premium hands, diz que uma das chaves de sua estratégia é definir o tamanho de seus raises conforme sua posição, em vez de se basear na qualidade de suas duas cartas, pois é um modo mais efetivo de disfarçar sua mão de um adversário habilidoso. Em early position, Phil recomenda aumentar em 2,5 vezes o big blind. Conforme sua posição roda na mesa, ele sugere que aumente o seu raise até chegar a 4 vezes o big blind, quando você estiver no botão.

Enquanto alguns profissionais se limitam jogando só as premium hands no início de um evento, outros, como Gavin Smith, Erick Lindgren e Gus Hansen – o campeão do Main Event do Aussie Millions 2007 – preferem uma abordagem diferente. Esses três profissionais vencedores advogam uma estratégia de potes pequenos, em que jogam uma grande variedade de mãos – normalmente em posição. Essa não é uma estratégia para todo mundo, mas Erick acredita que ela proporciona uma boa forma de se focar no jogo e nos estilos dos seus adversários. Gavin acredita que essa estratégia proporciona outra vantagem, pois "ninguém me coloca com uma boa mão pré-flop, então, quando eu recebo um AA ou KK, a minha mão está muito bem disfarçada". Não importa qual estilo você escolha, lembre-se de que o seu objetivo principal é vencer o torneio, o que irá requerer que você faça ajustes à medida que os níveis vão subindo.

Meio de torneio

Se um torneio é como uma maratona, então as fases no meio do torneio são onde você se encaixa no ritmo de preparação para depois chegar ao sprint final. Para muitos profissionais, isso significa fazer pequenos ajustes constantes, a fim de compensar o aumento dos níveis de blinds e as mesas mais curtas.

Um conselho muito importante que todos os profissionais concordam – especialmente nos estágios de meio de torneio – é não entrar em potes grandes sem mãos grandes. "Você está feliz o suficiente para colocar todo o seu dinheiro all in pré-flop com um AA", explica Gavin. Além disso, ele sugere que você evite comprometer muitas fichas quando não tem nada além de um par. Ao manter o pote pequeno, diz Gavin Smith, você pode largar uma mão sem que ela tenha te custado muito, se você suspeita que está perdendo.

Greg Mueller concorda que ter somente um par – especialmente pares pequenos de mão – pode resultar em desastre durante um torneio. Greg conta que ele dá fold em pares medianos, como 99, muito comumente em uma mesa cheia, nos estágios de meio de torneio, devido às duras decisões que esses pares podem te trazer em um flop em que a maior carta é um valete, por exemplo. "Em um cash game, eu daria check e call, ou até possivelmente um checkraise, tentando descobrir se meu 99 era bom", ele conta. "Entretanto, em um torneio, isso é muito mais perigoso, pois você tem que tomar cuidado com o número de fichas que usa para colher essa informação."

"A maioria dos bons jogadores tende a ser cautelosa em mesas cheias", explica Howard Lederer. "Eles não vão se ver em dificuldades com mãos especulativas, como um par mediano de mão." Conforme as mesas vão ficando mais curtas, Howard diz que os profissionais começam a jogar essas mãos com muito mais agressividade, enquanto os valores de blinds aumentam. Gus Hansen concorda, e acrescenta que ele está muito mais disposto a se arriscar com um par quando os blinds e antes se tornam mais valiosos. "Mais tarde em um evento, é muito provável que eu não tenha escolha e deva comprometer todas as minhas fichas no pote se eu tiver um AK e acerto um K no flop," ele conta.

Final de torneio

Com a bolha se aproximando, muitos amadores começam a jogar de forma tight, para que consigam chegar na faixa de premiação. Os profissionais, ao contrário, aconselham uma abordagem diferente.

"Não é apenas incorreto jogar de forma mais segura quando restam dois ou três jogadores para chegar à premiação", conta Chris Ferguson, "e, jogando dessa maneira, é a melhor forma de você terminar na bolha ou muito próximo dela". O conselho dele? "Jogue o seu melhor e mais agressivo jogo, e tente não deixar com que seu stack diminua até o ponto em que você não consiga defender a sua mão com um raise all in."

Enquanto o seu objetivo principal nos estágios finais de um torneio é se colocar na melhor posição para poder vencê-lo, Paul Sexton acredita que existem momentos em que apenas chegar in the money é uma recompensa suficiente. Em torneios, conta Paul, "o maior salto em dinheiro, fora conseguir chegar à mesa final, é entrar na faixa de premiação". Por isso, ele acredita que, às vezes, pode ser correto largar mãos, que até costuma jogar, na hora em que a bolha se aproxima, especialmente se está com poucas fichas. Você pode estar sacrificando suas chances de vencer, ao seguir este conselho – Paul concorda –, mas, para muitos jogadores, dar fold e receber um prêmio é muito melhor do que jogar e cair fora.

Assim que a bolha estoura, o torneio começa "de verdade" para alguns jogadores. Novamente, os conselhos dos profissionais são para jogar de forma inteligente e agressiva, já que muitos shortstacks irão cair rapidamente assim que entram "no dinheiro". Escolha os momentos com sabedoria e procure encontrar as melhores oportunidades para crescer a sua pilha de fichas até chegar à mesa final.

Vencer um torneio importante como o Main Event da World Series of Poker não acontece muito facilmente. É preciso uma combinação de fatores, incluindo estratégia, paciência e até um pouco de sorte. Ao se concentrar e focar nos aspectos do jogo que pode controlar – selecionar boas mãos para jogar, tomar decisões inteligentes pós-flop e jogar suas grandes mãos agressivamente –, você se coloca na melhor posição para chegar no final e até pode ter uma chance de sair de lá com o grande e cobiçado título de campeão.


Artigo do Full Tilt Team, publicado na Revista Flop de Abril/2008.

Session - 27/07/11


Sessão jogada na PartyPoker. Hoje deveria ter jogado na Pokerstars.. mas como a última sessão na PS foi ótima e ontem levei um pau na PP, resolvi jogar hoje na PP.. gosto de apanhar.. comecei jogando as 6 mesas junto com um MTT na Willian Hill, depois que fui eliminado no MTT voltei minha atenção pra o cash e daí o gráfico começou a subir.. na PP, a NL25 é bem mais agressiva que na PS.. qualquersinal de fraqueza os caras estão indo pra cima de você.. e pra tirar valor dos seus monsters vc tem que ser bastante criativo, senão os caras foldam depressa.. perdi uma ou duas buy ins em over pairs menores vs over pairs maiores, AA vs set.. mas no geral joguei bem.. estou começando a me adaptar e aprender as malandragens do limite.. tanto que já tem jogadores me evitando.. os mesmos que no início viviam me voltando.. essa é outra coisa.. se um mesmo jogador está em duas ou três mesas nas quais vc também está e ele faz vc foldar com uma donk bet, check raise, 3 bet.. pode ter certeza que ele vai repetir a mesma jogada na primeira oportunidade que ele tiver e ele vai ficar repetindo isso até a hora que você perceba.. o negócio é ir se adaptando a esses caras.. ladrão roubando ladrão..

'Belos' Carros

(clique sobre as imagens para ampliá-las)














































































Minha predileta: All in!

























E se você ainda estiver procurando os carros, não precisa se acanhar, volte ao topo e veja tudo de novo e de novo e de novo. Talvez, após muito concentração você encontre os carros! Ou talvez não...