quarta-feira, 3 de julho de 2013

The Quick Guide to Skyrocketing Your Poker and Life Productivity

Olá, boa noite. Em meio a tantas chuvas aqui em Maceió resolvi dar uma passeada em alguns sites de poker, possivelmente para ler alguns artigos e me deparei com um post de um membro da pokerstrategy no qual, ele busca traduzir uma famosa série de artigos de nome The Quick Guide to Skyrocketing Your Poker and Life Productivity.

Neste guia, o autor busca mostrar como ele conseguir se desenvolver como pessoa, homem de negócios, jogador de poker e de um modo geral.
O que ele faz basicamente é ensinar o leitor a refletir sobre sua própria vida, seus sonhos, objetivos, realidade atual, futuro, passado, etc, e depois ensina cada um a se planejar através de pequenas mudanças programadas para que cada um consiga alcançar os objetivos traçados, no trabalho, no poker, na vida.

Eu particularmente acredito que para alguém tão preguiçoso consegui alcançar algumas metas importantes: tenho 2 empregos que gosto (apesar de tudo), namoro, pratico esporte 2 vezes por semana, passei num concurso importante, do qual estou aguardando a convocação, estou prestes a terminar o mestrado profissional.

Mas acredito que essas pequenas vitórias se devem basicamente a um dom que tenho de saber identificar prioridades e de também conseguir me dedicar a elas (apenas quando elas realmente são fundamentais).

Tirando isso, eu infelizmente (ou felizmente) percebi que na verdade, sou muito pouco eficiente. 

Desde muito tempo, há uns 5 anos, eu sempre escrevo como serão os meus dias, o que farei em cada dia, mas acredito que nunca houve uma semana sequer que segui a risca essas programações e o pior de tudo: sempre estou alterando essas programações. Já virou quase uma compulsão.

E o poker é uma parte importante dessa falta de eficiência. Já quis me dedicar com afinco aos cash games, já fui lucrativo por um tempo, depois de momentos ruins, costumo relaxar e jogar meu B ou C-game, enfim acabo andonando meus planejamentos iniciais. Depois repenso sobre o ocorrido, programo horas de estudo e de jogo e volto a cometer o mesmo pecado.

Neste início de ano comecei a jogar MTTs e realmente consegui ser lucrativo. Foi aí que decidi tentar voltar a jogar cash e tudo foi bem no início, mas depois tudo foi por água abaixo em sessões ruins, jutando bad beats, tilt, revolta e cansaço.

Enfim, para quem joga poker, é natural subir e descer de limites, sofrer bad beats, down swings, mas é lugar comum, que um jogador que pensa em levar o jogo a sério não pode tiltar e sempre tem que jogar o seu melhor jogo e tomar as melhores decisões e é nesse ponto que eu preciso melhorar e muito!!

Eu sei que jogo bem, sei o que tenho que fazer, mas geralmente o fator psicológico me vence e eu acabo perdendo algumas stacks em spots que eu poderia evitar se pensasse racionalmente.

Além disso, também descobri que "talvez" queira seguir carreira acadêmica. Fazer mestrado acadêmico, talvez o doutorado. Não pensando no lado financeiro, mas porque hoje acabei admitindo que realmente gosto e quero estudar, apenas por estudar, apenas porque pra mim é uma forma de eu desafiar a mim mesmo e de estudar coisas que pra mim são mais interessantes do que outras.

Por isso acabei me decidindo que dessa vez não vou fugir do meu novo planejamento e nele estão incluídos 5 sessões de cash, momentos de estudo do poker com artigos e vídeos e momentos nos quais começarei a me dedicar ao 'desejo' de estudar matemática, não para passar em algum concurso, nem para dar aula, mas apenas pelo prazer de adquirir conhecimento.

Espero conseguir me policiar e seguir este novo projeto e para isso, este blog será de fundamental importância. (também gostaria de receber os comentários de quem sempre acompanha este blog).

Sempre que possível vou postar, o resultado das minhas sessões, lobys de mesas finais de torneios e os livros de matemática que estarei estudando.

Sei que já fiz esta promessa aqui neste blog algumas vezes, mas desta vez é pra valer ou então se dessa vez não der certo, abandono o poker de vez.

Até mais.

Pensando Ativamente

É muito importante pensar. Parece uma afirmação meio óbvia, mas se você reparar algumas pessoas, políticos em especial, notará a absurda quantidade de pessoas que não pensam. Chega a ser ridícula de tão óbvia a importância de pensar enquanto joga poker. Eu já escrevi algumas vezes sobre jogar no piloto automático, quando você não necessariamente está jogando de forma horrível, mas toma decisões sem pensar. Todo jogador cai nesse erro às vezes, mas quando deveríamos supostamente estar jogando nosso “poker nota A”, a coisa é diferente.

Quanto mais atento o oponente for, mais importante se torna pensar no jogo

A diferença entre um jogador competente e um top é a habilidade de se ajustar constantemente de acordo com cada oponente e situação. Há muito fatores dentro disto, mas tudo começa com pensar ativamente sobre a mão em que você está envolvido.

Eu joguei uma mão neste verão, em Vegas, que ilustra bem essa idéia – E dessa vez não era eu no piloto automático. Eu estava no cash game de mid-stakes e ele é jogado de forma parecida aos low-stakes online: Muitos ranges previsíveis e jogo pós flop fraco. Um jovem maníaco sentou à mesa e mudou tudo.

Rapidamente ele levou alguns potes e mudou sua frequência de jogo de dois terços para quase todas as mãos. De inicio eu não estava seguro sobre o quão bom ele era, mas depois de alguns showdowns ficou claro pra mim que ele não estava pensando muito e apenas atirando a torto e a direito. O problema era que eu estava sentado dois assentos à direita dele, então era muito difícil para eu fazer algo sem uma boa mão. Então, o jogo teve uma pausa e o jogador imediatamente saiu da mesa. Com ele praticamente ainda sentado, eu disse “Dealer, eu vou ficar naquele assento”.

Parece bobeira mudar de assentos para ter melhor posição sobre alguém, mas desde que não haja uma dança das cadeiras eu acho que é justo mudar de lugar. Faz parte da tática do jogo ao vivo. Enquanto eu sentava, ele disse “Hmm, mudando de lugar para tentar me pegar não é?”, eu respondi “Nah! Só não to conseguindo nenhuma carta ali”. Espero que meu sotaque e meus shorts de turista tenham convencido ele.

Eu não tive de esperar muito para tirar algumas fichas dele. Ele abriu no cut off e eu recebi As 8s. Three bet era uma opção, já que eu estava à frente do range dele, mas estávamos relativamente deeps, e eu queria que ele continuasse com a mão fraca, além disso, não tinha total certeza se iria para a guerra com A-8 suited.

O flop veio K-8-4 rainbow, bom para mim que quase sempre terei a melhor mão. Ele apostou e eu paguei.  O turn foi um 9 offsuited, ele disparou novamente. Em uma situação normal eu tenho uma decisão a tomar. Entretanto, aqui eu pensei “Estou pagando todas as streets, e se ele conseguisse algo bom?”. Eu paguei e o river é traz uma dama. Ele apostou, eu paguei. Se ele tiver uma Q-5 eu ficarei triste, mas ele acenou e disse “você venceu”, e muckou a mão. Infelizmente eu tive de mostrar minha mão para levar o pote, e ele pode ver que eu estava pagando ele de forma light. Mas o melhor, é que pouco depois ele perdeu outro pote, e seu instinto maníaco se tornou em tilt.

O ponto sobre a mão não é meu jogo ou minha experiência em ter um jogador mega agressivo na mesa, mas sim, a falta de pensamento do vilão. Devemos lembrar que ele sabia que eu estava de olho nele, ele até comentou que eu estava tentando pegá-lo. Era claro que eu estava ciente da imagem dele: Ele sabia que estava aumentando 80% das mãos, disparando várias vezes nas três streets e levando uma tonelada de fichas. Ele sabia que tinha mudado de assento para ter ele em posição, e mesmo assim disparou cegamente.

Porém, eu mesmo errei ao pagar o flop e o turn muito rápido, possivelmente avisando que ele estava batido. Ele estava focado em apenas um pensamento: Disparar, disparar, disparar e não iria recuar por nada. Se ele tivesse parado e pensado, ele poderia ter salvo algumas fichas.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Filho de ex-Legião acumula quase US$ 1 milhão em prêmios de pôquer



O dia 27 de maio de 2013 foi um marco na história do pôquer online brasileiro. O carioca Nicolau Villa-Lobos ganhou o maior prêmio do país na categoria: US$ 472 mil no Spring Championship of Online Poker (Scoop), segundo o site Poker Stars. Estudante de cinema da PUC-Rio e filho do músico Dado Villa-Lobos, ex-guitarrista do Legião Urbana, o jogador recebeu o G1 em sua casa, na Gávea, Zona Sul do Rio, para contar sobre suas façanhas na jogatina, que já lhe renderam quase US$ 1 milhão.

Nicolau já havia vencido a etapa de Edimburgo, na Escócia, do United Kingdom Poker Tour (série de torneios do Reino Unido) em janeiro deste ano. Em 2012, foi vice-campeão na etapa carioca do Brazilian Series of Poker, o circuito brasileiro. Todas as vitórias foram na modalidade Texas Hold'em, tipo de pôquer em que o jogador recebe duas cartas na mão e monta uma combinação com as cinco da mesa.

Apaixonado por música e torcedor do Fluminense, Nicolau começou a jogar por razões de saúde. Em 2007, aos 18 anos, descobriu que tinha uma doença no coração, passou por uma cirurgia e precisou ficar de repouso em casa. "Eu sempre fui muito ligado a esportes, mas fiquei de seis meses a um ano sem contato físico. Assim eu descobri o pôquer. Comecei a jogar com a galera aqui em casa, confraternizando. E eu sou muito competitivo, quero ganhar tudo o que eu faço", explicou.

Pai cortou a mesada

Nicolau conta que seu pais o apoiaram a prosseguir com a carreira, mas que recebeu um aviso de Dado Villa-Lobos. "Quando eu comecei a ganhar dinheiro na internet, meu pai falou: 'Tá bom. Você quer fazer isso, pode fazer. Mas não sou eu quem vai sustentar isso'. E cortou minha mesada [risos]. Eu acredito que eu tenho os melhores pais do mundo. Sempre me apoiaram e querem minha felicidade."

Uma das primeiras dificuldades para manter a carreira no pôquer foi bancar os custos com viagens e entrada nos torneios internacionais. A solução foi juntar dinheiro com dois amigos para jogar as competições.

O primeiro destino foi Las Vegas, nos Estados Unidos, onde jogou o torneio principal do World Series of Poker (circuito mundial). Na classificação final, Nicolau foi o brasileiro mais bem colocado — 77º entre 6,5 mil jogadores.

Em mesas internacionais, o carioca competiu com os melhores do mundo no esporte, como os americanos Tom Dwan, especialista em campeonatos de alto valor, e Barry Greenstein, vencedor de torneios do World Series. Ele também conheceu destaques brasileiros do pôquer, como André Akkari e Alexandre Gomes, outros vencedores de torneios do circuito mundial, e Caio Pessanho, renomado jogador online.

Participação em "Somos tão jovens"

Nicolau Villa-Lobos, filho de Dado, guitarrista da Legião, interpreta o pai em participação rápida no filme dirigido por Antônio Carlos da Fontoura, “Somos tão jovens”, que mostra o início da história do grupo mais famoso de Renato Russo.

Ronaldo como garoto-propaganda

Nicolau elogiou o trabalho da confederação brasileira Texas Hold'em no combate ao preconceito. "O pôquer hoje em dia é considerado um esporte da mente, assim com o xadrez. Agora a gente tem ninguém menos que o Ronaldo Fenômeno como representante do Poker Stars [site de pôquer online]. Para um cara desses estar levando a bandeira do pôquer pro Brasil... O esporte é sério, tem muita gente séria envolvida. As pessoas que não conhecem muito acham que é jogo de azar. Está todo mundo trabalhando muito para acabar com esse preconceito", disse Nicolau, que se prepara para o próximo desafio, no World Series of Poker, em Las Vegas, em julho deste ano.

Legislação do pôquer

Não existe uma legislação específica para a prática de pôquer no Brasil. O Ministério dos Esportes informou ao G1 que divulga o calendários de diversas modalidades, inclusive da Confederação Brasileira de Texas Hold'em.

Competições de pôquer já foram alvo de ações penais pelo Brasil. Em Santa Catarina, a Secretaria de Estado da Segurança Pública se negou a conceder um alvará para a realização de um torneio, com o argumento de que se tratava de um "jogo de azar", em 2011. Em decisão unânime, o Tribunal de Justiça concedeu um mandado de segurança para a realização do campeonato.

Os desembargadores entenderam que o pôquer depende também das habilidades dos jogadores. Pela Lei de Contravenções Penais, é considerado de azar o jogo em que o resultado depende exclusivamente da sorte.

Fonte: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/notic...-de-poquer.html