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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Será o Poker um Desporto?

Vicky Coren
          Victoria Coren: O poker não é um desporto

Perante o clima governamental e a legislação anti-jogo actual, o poker anda à procura de um "estatuto". Neste artigo, vamos analisar se o poker pode ou não ser classificado como um desporto.

Graças a Deus, a cruzada norte-americana contra o poker online não é representativa do estado actual do jogo em todos os países. Contudo, isso não afasta o facto de que o poker procura uma definição objectiva ou "estatuto" na arena internacional. Se toda a gente conseguir concordar que o poker é x, então isso facilitará muito o seu crescimento.

Nalguns países, o poker é defendido como sendo um desporto. Noutros, é classificado como um jogo de perícia ou da mente. Entre vários membros das gerações mais antigas, este equivale a uma forma sórdida de jogo de azar.

Enquanto que o Governo britânico parece estar a encorajar activamente o poker e os jogos de azar, ao permitir o desenvolvimento de Casinos e Salas de Jogo, o Governo norte-americano olha para o poker online como algo impossível de legalizar e regular (ou, se quisermos ser cínicos, não vale a pena regular neste momento, pois não iria render-lhes dinheiro suficiente). Num contexto global, o poker tem uma imagem confusa.

Se o poker pudesse ser considerado globalmente como um desporto, isso resultaria numa nova era gloriosa para o jogo. Afinal, toda a gente gosta de desporto, certo?

No ano passado, o poker foi oficialmente aceite pela Associação Internacional dos Desportos Mentais (IMSA) como um "desporto mental", juntando-se agora ao bridge, xadrez e damas nos World Mind Sports Games de 2012.

Mas será que o poker ainda pode dar um passo mais para a frente, e ser elevado ao mesmo nível dos desportos mais populares como o futebol, ténis e críquete?

Desporto - Uma Definição

 

A definição de desporto existente na Wikipédia é similar à existente no Dicionário de Oxford, e pode ser um bom ponto de partida para a discussão:

"Um desporto é uma actividade física ou mental sujeita a determinados regulamentos e que geralmente visa a competição entre praticantes. Para ser considerado desporto tem de haver envolvimento de habilidades, capacidades motoras e competitividade entre opostos; regras instituídas por uma confederação ou federação regente. Algumas modalidades desportivas não requerem esforço físico, sendo aí mais importante a destreza e a concentração do que o exercício físico."

Poker Sport
A oposição estava prestes
a ser aniquilada.
Vamos começar por dissecar esta definição.

Sem sombra de dúvida, o poker possuí várias "qualidades" inerentes a um desporto. A estrutura do nível das blinds e de pagamentos nos torneios reflecte organização. Basta que assistas a um episódio do The Big Game com Phil Hellmuth e Tony G para comprovar o lado competitivo do jogo e desfrutar do entretenimento. A estratégia e a etiqueta são importantes no jogo, mesmo que estas possam ser ignoradas. No longo prazo, um vencedor e um perdedor podem ser definidos por resultados objectivos, observando a sua winrate nos cash games (i.e. PTBB/100) ou ROI (Return On Investment) nos torneios.

A ausência de "actividade física" parece ser o grande obstáculo para que o poker possa ser classificado como um desporto. A respeitável jornalista de poker britânica Victoria Coren disse o seguinte: "Este é um jogo mental, uma batalha da inteligência, um concurso de intelecto e instinto; não deve ser colocado na mesma categoria (e certamente não abaixo disso) das competições de pura força e velocidade".

Mas será a resposta assim tão preto no branco? Acredito que o envolvimento da "actividade física" surgiu pela primeira vez como ponto de discórdia com a chegada de jogos competitivos, ou "desportos electrónicos". Jogar Counter Strike para uma organização profissional como a Fnatic ou SK-Gaming na Cyber Professional League (CPL) requer níveis extraordinários de habilidade e diligência. As bolsas de prémios, a dura concorrência, a ética de trabalho exigida pelos jogadores e até mesmo os elementos tácticos - de muitas formas, acaba por ser o espelho de um desporto.

Contudo, existe uma grande diferença entre os "desportos electrónicos" e o poker, que é o envolvimento da destreza e a coordenação mão-olho. Isto é algo particularmente predominante nos 'first person shooters', onde estão envolvidos "alvos".

Dardos e bilhar não são desportos "físicos" no sentido tradicional da palavra - não requerem grandes níveis de força e resistência.

Mas eles exigem atributos físicos mais subtis (como a destreza) e perícia técnica. Um jogador de bilhar bem sucedido tem que ter uma boa postura, coordenação mão-olho e um mínimo de força para quando for preciso puxar uma bola. Explicando de uma forma mais simples, a cinética é um factor, quando é preciso determinar o sucesso de uma tacada. A forma como um jogador de poker agrupa as suas fichas não é uma reflexão genuína da sua habilidade, e não tem qualquer papel no resultado final de um jogo de poker.

O Factor Sorte

 

Monkey Poker
O heads-up estava a ficar
peludo para o pro
Um mito que precisa de ser dissipado é o de que o poker não pode ser considerado como um desporto devido ao factor sorte. O poker é um jogo único onde um iniciante pode derrotar um profissional experiente num heads-up Sit & Go. Um iniciante a derrotar o Roger Federer num único set de ténis ou um amador a derrotar o Floyd Mayweather num combate de boxe é inconcebível.

Contudo, no longo prazo, o melhor jogador de poker acabará por prevalecer. Ao jogar centenas de milhares de mãos, a variância é reduzida ao mínimo. Só muito recentemente, e depois de consultar um jogador de poker profissional, um professor de matemática e um especialista de xadrez e bridge, é que um tribunal francês decretou que o poker é um jogo de habilidade.

A Poker Players Alliance (PPA), que anda a fazer campanha pela legislação e regulamentação do poker online nos Estados Unidos da América, conta na sua organização com matemáticos, economistas e graduados de Havard, e todos eles estão prontos a testemunhar que o jogo de poker envolve habilidade.

Há uma bela história de uma jovem profissional, Annette Obrestad, que conseguiu derrotar um field de 179 jogadores sem olhar uma única vez para as suas cartas, utilizando apenas a sua posição e leitura dos jogadores.

Além disso, o desporto profissional também conta com as suas finas margens ou elementos de fortuna. O Chelsea ficou muito perto de conquistar a Liga dos Campeões contra o Manchester United em 2008, mas o John Terry acabou por falhar a grande penalidade que lhes daria o título. Em 2007, uma análise da PPA descobriu que o factor sorte no golfe não era inferior ao envolvido no poker.

Pensamentos Finais

 

O dinheiro é fundamental para o poker. Apesar de no desporto profissional estarem envolvidas grandes quantias de dinheiro, isso é algo que não interfere com o jogo em si (a menos que haja corrupção e viciação de resultados).

O envolvimento do dinheiro a todos os níveis seria uma traição à essência do desporto e à suas qualidades libertadoras. O desporto é algo transcendente - pode derrubar barreiras sociais, recuperar as crianças empobrecidas das ruas, e pode até mesmo ser uma forma para canalizar a raiva e agressividade. Não são as finanças que dizem se uma criança pode ou não jogar futebol nas favelas brasileiras, críquete nos bairros de lata de Mumbai ou basquetebol nos campos do Bronx.

Por esta razão apenas, o poker não pode ser proclamado como um desporto.

O poker é bastante difícil de definir. Se tentarmos ir à sua essência é um jogo da mente, mas possui um factor de encanto que não existe no xadrez e no bridge. Além disso, também tem a sua dose de debates, escândalos e controvérsia. O debate sobre a introdução da regra de "não falar" no WSOP e o evento com $1 milhão de buy-in é semelhante ao debate existente sobre a introdução das novas tecnologias nas balizas de futebol. O poker, tal como o futebol, traz para a discussão temas quentes e amplamente divulgados.

Fonte: http://pt.pokerstrategy.com/home/

domingo, 28 de agosto de 2011

Novas idéias

Boa noite a todos que acompanham esse meu espaço. Só estou passando para contar as novidades. No meio dessa down swing que estou passando resolvi fazer uma busca pela net por livros sobre cash game e até encontrei alguns em português e muitos em inglês (comecei a fazer aula de inglês e acho que agora vai..),  mas a imensa maioria sobre 6 max.. e andei pensando a respeito e resolvi começar a trilhar esse caminho.. vou começar a me aventurar pelas mesas short handed.. lembro que quando um amigo meu tinha um site, me propôs jogar com o dinheiro dele no BR poker.. uma sala bem ruim.. e era quase impossível ter 5 mesas cheias ao mesmo tempo de cash NL2 e quando tinha era de 6 max.. por isso joguei durante aquele tempo o desafio e mais do que dupliquei os $ 50,00 dele em menos de 10k hands.. por isso acho que não terei grandes dificuldades.. só preciso fazer alguns ajustes no meu range.. me adaptar ainda mais às situações, spots, tipo de mesas e de jogadores.. é um jogo ainda mais complexo e agressivo do que full ring e consequenteme de maior variância também.. Vou jogar NL4 nesse início pelo menos umas 10k hands, se  não sentir grandes dificuldades subo pra NL10 e vou jogar NL2 com a grana de um parceiro meu que está construindo um site sobre poker e provavelmente eu serei o responsável pela parte dos artigos, treinos e vídeos de cash game.. não sei se estou preparado para isso.. mas vamos ver..
Esse desafio, idealizado por esse meu amigo, será jogado no PokerLoco e vocês poderão acompanhar aqui e no próprio blog do lado direito da página, na parte DESAFIO 6 max, com o mesmo link (claro que não pretendo chegar a 1 milhão.. é só para chamar atenção mesmo.. hauhauahau.. não tenho objetivos específicos para este desafio.. o único objetivo é melhorar a cada dia.. não vão importar muito os resultados das sessões). Não sei se postarei alguma mão.. vou ver se há alguma forma de fazer isso de forma rápida e fácil.. Abraço.

Como jogar lucrativamente NL 25?

Navegando.. acabei achando esse artigo interessante do Luigi Almeida. Posto aqui o texto integral.



cash_games.jpg Olá, galera, sou Luigi Almeida e a partir de hoje faço parte da equipe do BrazilPokerPro.
É uma grande honra fazer parte deste blog que tem tudo pra crescer e se tornar uma das principais referências no nosso esporte no país.
Escrevo vários textos sobre poker (e outras coisas) no meu blog, porém por diversas vezes recebi ou li alguma notícia ou artigo de estratégia e gostaria de compartilhar, mas eles não teriam lugar lá, por ser exclusivo para textos meus. Acertamos então que sempre que eu passar por algum artigo ou notícia interessante que esteja SOMENTE em inglês, vou "traduzir" e postar aqui.
"Traduzir" está entre aspas pois normalmente vou colocar comentários meus no meio do texto (aparecerão como NT) ou vou adaptar o texto à nossa linguagem, ou irei fazer um texto meu baseado no original.
Meu primeiro texto é voltado para aqueles que jogam Texas Hold'em NL25 ($0,10/$0,25). Trata sobre uma análise de dados para melhorar a estratégia de jogo nesse limite.
Qual a melhor estratégia pra NL25? O Site PokerTableRatings analisou 3565 jogadores, em mais de 50000 mãos em 2010 para descobrir.
Provavelmente não vai chocar vocês o fato de que você tem que ser Tight E Agressivo. Mas o quão tight você deve ser no botão? Com que frequência deve subir de posição inicial? Eles responderam essas questões e algumas mais neste post.
Primeiro, vamos comparar os stats gerais de perdedores, vencedores e jogadores breakeven:

Perdedores
Loose
Perdedores
Tighter
Breakeven Players
Vencedores
BB/100
5.86
-1.84
0.10
2.34
Number of Players in Group
10
14
63
20
VP$IP
41%
19%
9%
13%
PFR %
9%
2%
9%
11%
AFQ %
44%
37%
13%
48%

Explicando os dados:
BB/100 = Big Blinds por 100 mãos.
VP$IP= Percentual de mãos jogadas.
PFR= Percentual de rodadas onde um jogador fez Raise Pré-Flop
AFQ= Fator de Agressão. Razão entre a frequência de bets/raises e a frequência de calls 

Não é nenhuma suspresa o fato de que os vencedores são tight e agressivos. Mas o que realmente é surpreendente é o fato de que os maiores perdedores não são os típicos fishes loose-passivos. Eles são os loose, mas também são agressivos. O chamado nit (tight-passivo) consegue ficar breakeven e até mesmo lucra um pouco, caso tenha bônus ou rakeback pra recuperar.

Em suma: Você quer ser tight E agressivo, mas ser tight é mais importante que ser agressivo

Vamos analisar abaixo o índice de VP$IP por posição para analisar melhor a situação:

Perdedores
Loose
Perdedores
Tighter
Breakeven Players
Vencedores
Early Position VP$IP
42%
20%
3%
Mid Position VP$IP
42%
19%
5%
Cut-Off VP$IP
40%
18%
11%
Button VP$IP
41%
19%
15%
SB VP$IP
51%
26%
15%
18%
BB VP$IP
28%
11%
12%
11%

Nota: Clique nos números dos "Vencedores" para ver uma ESTIMATIVA de quais mãos eles têm dentro de seu Range.

Notou um padrão? Os perdedores não mudam seu VP$IP pela posição! Eles têm mais ou menos o mesmo valor tanto em Posições Iniciais quanto no Botão. Os vencedores, entretanto, são MUITO mais loose no Button que em posições iniciais. (NT.: E mesmo sendo mais loose no Button, o range ainda é menor que o de looses em EP)

Analisemos agora o índice de PFR (Raise Pré-flop):

Perdedores
Loose
Perdedores
Tighter
Breakeven Players
Vencedores
Early Position PFR
9%
2%
2%
7%
Mid Position PFR
10%
2%
5%
9%
Cut-Off PFR
10%
2%
11%
16%
Button PFR
11%
2%
15%
12%
SB PFR
9%
2%
15%
12%
BB PFR
7%
2%
12%
6%

Novamente, os perdedores não ajustam sua estratégia pré-flop baseados na posição. É como se simplesmente seguissem um guia de mãos iniciais. Os vencedores REALMENTE aumentam mais quando estão em posição. (NT.: Isso é um dado interessante, visto que boa parte dos Pros recomendam que seu raise seja sempre o mesmo, enquanto que Chris Ferguson vain a contramão e diz pra alterarmos o valor do raise de acordo com a posição)

Nota: Vencedores aumentam significantemente mais que jogadores Breakeven, EXCETO quando estão na Small ou Big Blind.

Pra finalizar, vamos analisar as porcentagens de 3bets e frequência de agressividada pelas streets:

Perdedores
Loose
Perdedores
Tighter
Breakeven Players
Vencedores
3 Bet %
4%
1%
5%
4%
Flop Aggression
42%
35%
9%
50%
Turn Aggression
45%
40%
14%
47%
River Aggression
46%
41%
26%
41%

Então, aqui vão os resultados
  •      Seja tight e agressivo (duh).
  •      Tente igualar os seus stats com os dos jogadores vencedores (APENAS se você joga NL25 - 0,10/0,25)
     É isso, galera, espero que gostem. Qualquer coisa, críticas, sugestões, erros, fiquem à vontade para comentar aqui ou me contatar diretamente nos seguintes endereços:
               E-mail: luigialmeida@rocketmail.com
               Twitter: @luigialmeida
               Facebook: Luigi Almeida
            Blog: Luigi Almeida´s Blog

sábado, 27 de agosto de 2011

O Guia do Blefe no Poker


Ah, o blefe. Como falar de poker e não pensar em blefe? Apesar de acontecer com menos frequência que as pessoas imaginam, ele é a cereja do bolo do poker. É o que torna o poker um jogo de habilidade e exige dos jogadores malandragem e leitura de jogo.

Se o poker fosse teoria matemática pura, então vencer seria o caso de apenas de saber fazer contas e ter um pouco de sorte, e sabemos que não é bem assim que funciona.

Alguns jogadores nunca blefam. Eles jogam um poker “quadrado” e são previsíveis e fáceis de ler. Você sabe quando deve apostar e quando deve largar a mão contra esse tipo de jogador.

Já outros blefam demais. Contra esse tipo de jogador, você sabe que precisa pagar a maioria de suas apostas, mesmo com mãos relativamente fracas. Você sabe que eles até podem se dar bem de vez em quando, mas no geral você vai tirar muito dinheiro deles pagando suas apostas.

É preciso blefar no poker e blefar direito. Este post irá ajudá-lo nisso.

Porque você precisa blefar:

Por dois motivos simples:

1- Você precisa blefar para não se tornar previsível.

2- Você precisa blefar para poder vencer grandes potes.

Sendo previsível, você nunca vai ganhar grandes potes. Se você só aposta quando tem uma boa mão, todo mundo vai perceber e começar a jogar de acordo com isso.

Se você só dá raise ou reraise antes do flop com par de ases ou reis, você é previsível e estará marcado por jogadores tentando conseguir uma trinca ou sequência. Além de não ganhar potes grandes, você aumenta seu risco de perder potes grandes.

Por isso, se você quer aprender como jogar poker e vencer, comece a blefar e deixar os jogadores adversários com um pé atrás.

Os diferente tipos de blefes:
Os blefes não são todos iguais. Vamos conhecer os diferentes tipos e qual seu objetivo.

1) Apostar ou dar raise sem nada 
Esse é o blefe clássico. Apostar sem nada na mão. Qual o objetivo? Representar uma grande mão e expulsar o adversário do pote.

2) Apostar ou dar raise para proteger o pote
 Às vezes, algum jogador quer ver a carta de graça no turn ou no river, mas ele sabe que vai acabar pagando caro para ver essas cartas se não assumir o controle da ação.

Então ele aposta antes, não com o objetivo de expulsar o adversário, mas para que ele jogue mais tight e não coloque mais pressão no pote nas rodadas seguintes.

Essa jogada também é conhecida como Blocking Bet (“aposta protetora”) e é essencialmente um blefe.

O Semi Blefe
 O semi-blefe é uma aposta feita quando você tem um queda para flush ou sequência (ou os dois). Você sabe que não tem nada nas mãos, mas pode vir a ter no turn ou no river.

O semi-blefe permite que um jogador obtenha duas formas de vencer. Uma é simplesmente forçando o adversário a desistir, por achar que sua mão é superior. A outra é, caso o seu oponente pague, conseguindo sua sequência ou flush e levando o pote.

Dicas para blefar melhor

1) Fique atendo à sua imagem na mesa
É preciso que você tenha noção de como está sua imagem na mesa. Jogue de acordo com sua imagem na mesa e blefar fica fácil. A imagem ideal é de um jogador agressivo, que mescla bem blefes e apostas por valor.

Se você está com a imagem de jogador muito tight, é hora de blefar com mais frequência. Se por outro lado você tiver a imagem de blefador, é melhor segurar a onda por um tempo.

2) Não tente blefar contra jogadores ruins
Jogadores ruins têm a tendência de pagar sempre. Se um mau jogador conseguiu uma mão, mesmo que fraca, é bem capaz de ir até o fim com ela. Não tente expulsá-lo do pote. Em vez disso, foque nele quando você tiver uma boa mão.

3) Não blefe contra mais de 2 jogadores
A menos que você tenha uma boa razão, ou leitura, não blefe contra mais de dois jogadores. Em muitas vezes, pelo menos um deles terá uma mão que justifique pagar seu blefe.

4) Represente mãos específicas
Se você representar uma mão forte como sequência ou flush, seu blefe terá muito mais chance de passar do que se você fizer um blefe vindo do nada.

5) Você não precisa levar o pote sempre
A menos que você esteja arriscando todas as suas fichas quando blefa, um blefe não precisa funcionar 100% das vezes. Ser pego blefando tem a vantagem de deixar seus adversários mais propensos a pagar suas apostas quando você tiver uma boa mão.

6) Blefe quando tiver posição
Com boa posição é mais fácil blefar e tomar o pote quando seus adversários pediram mesa antes de você. Suas chances de blefar diminuem se você permitir que uma carta ajude um deles.

7) Blefe em cima dos covardes
A melhor dica é: escolha preferencialmente os jogadores mais tight, fracos e covardes da mesa. Eles são a melhor vítima para você blefar.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A história das cartas


A verdadeira origem do baralho, ainda é um tanto quanto misteriosa, dizem, os historiadores, que as primeiras cartas surgiram no século X antes de Cristo, no Oriente Médio, outros pesquisadores dizem que ocorreu na China, a pedido do imperador Sehum-Ho que deseja presentear uma de suas namoradas.

Essas cartas chinesas antigas eram “cartas de dinheiro”, e tinham quatro naipes: moedas, filas de moedas, miríades de filas e dezenas de miríades. Eram representados por ideogramas com números de 2 a 9 nos três primeiros naipes e de 1-9 no naipe “dezenas de miríades”.

Há controvérsias sobre a introdução das cartas na Europa. É provável que os precursores do baralho moderno tenham chegado através dos Mamelucos do Egito, no fim dos anos 1300. A forma do baralho já era bem semelhante ao atual, com quatro naipes (bastão de pólo, moedas, espadas e copos).

Cada naipe continha 10 cartas numeradas e três cartas da corte: Rei, Vice-Rei e Deputado. As cartas mamelucas não mostravam figuras humanas nas cartas da côrte, mas faziam menção a oficiais militares.No final do século 14, o uso do baralho rapidamente se espalhou pela Europa.

As cartas da época eram feitas à mão, praticamente esculpidas em alto relevo em blocos de madeira, o que as tornavam caras. Por sorte, não muito tempo depois ocorreu o advento da imprensa, por volta de 1400. Mesmo assim, as cartas esculpidas chegavam a competir com as imagens religiosas, como o uso mais comum da madeira. As primeiras cartas foram feitas a mão tornando-as extremamente caras. Porém depois do século 14 com a invenção da xilogravura os europeus começaram a sua produção em massa.

No seculo XV as cartas chegam a Inglaterra através das atividades nos portos ingleses. A partir daí, rapidamente, as cartas foram importadas e alcançaram extraordinária expansão, mesmo essa prática sendo considerada ilegal.Mesmo assim, a prática de jogos com cartas era realizada inclusive pela realeza, e são as vestimentas usadas pelas classes mais elevadas da sociedade inglesa as retratadas nas figuras do baralho da primeira metade do século XVI.


Calcula-se, que no início do século XVII eram vendidos na Inglaterra cerca de meio milhão de baralhos por ano, e isso acontecia mesmo depois que proibiram totalmente os jogos de cartas, decretada por Henrique VIII, devido aos constantes conflitos entre soldados que jogavam esse tipo de jogo. No século XVIII os primeiros impostos ingleses sobre as cartas foram estabelecidos

Em 1377, o baralho foi descrito em detalhes por um monge na Suécia tendo cinqüenta e duas cartas, divididas em quatro naipes, sendo cada naipe composto por dez numerais e três cartas da realeza (um rei e dois generais). As cartas reais são relacionadas a reis e pessoas da história ou de lendas como, por exemplo, o rei de ouros seria Julio César, rei de paus seria Alexandre o Grande, Rainha de Espadas é Pallas Atenas, valete de ouro é Heitor e valete de paus Lancelote.

O Ás (do latin As que significa “a menor unidade de moeda”) surgiu no fim do século 14, tornando-se a maior carta do baralho, e o dois, a menor. Esse conceito firmou-se no século 18 pela revolução francesa, onde os jogos começavam jogando o alto Ás,como símbolo do crescimento de poder das classes mais baixas sobre a realeza.

As primeiras cartas foram feitas a mão tornando-as extremamente caras. Porém depois do século 14 com a invenção da xilogravura os europeus começaram a sua produção em massa.

Com a popularização crescente dos jogos de cartas, alguns países europeus, como a França, Itália e Espanha, passaram a usar os naipes que hoje são utilizados no mundo todo: paus, ouros, espadas e copas embora alguns paises ainda . Apesar da padronização dos naipes ainda existem países com baralhos de naipes diferentes, como, por exemplo, o Japão, onde um jogo, o HANAFUDA, é jogado com um baralho de 12 naipes. Mas falaremos disso mais tarde!

A padronização dos naipes foi fator preponderante para a disseminação dos jogos de cartas pelo mundo, pois abriu a possibilidade da criação de novos jogos e a adaptação e modernização de outros que estavam esquecidos pelos jogadores.

As cartas francesas ganharam muito mercado e foram exportados em todas as direções. Em 1745, o design das cartas recebe uma inovação, tornando as cartas reversíveis, não necessitando virá-las quando as recebesse de cabeça para baixo (o que indicava para os outros jogadores qual carta possuía).

Há quem acredite que o baralho foi inventado pelo pintor francês Jacquemin Gringonneur, sob encomenda do rei Carlos VI de França. Gringonneur desenvolveu as cartas do jogo de forma que representassem as divisões sociais da França através de seus naipes, sendo copas o clero, espadas a nobreza, paus os camponeses e ouro a burguesia.

O coringa foi uma inovação americana a qual veio juntamente com o jogo de pôquer. Apesar da figura lembrar um bobo-da-corte, acredita-se que não exista relação, até pela origem distinta. Não são usados em muitos jogos, e frequentemente são utilizados como propaganda do logotipo do fabricante.

No século 20, inventaram de um método para cobrir as cartas de papel com uma camada plastificada, este tipo de baralho tornou-se o dominante até os dias de hoje;cartas inteiramente feitas de plástico foram desenvolvidas, e duram ainda mais.