sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A história das cartas


A verdadeira origem do baralho, ainda é um tanto quanto misteriosa, dizem, os historiadores, que as primeiras cartas surgiram no século X antes de Cristo, no Oriente Médio, outros pesquisadores dizem que ocorreu na China, a pedido do imperador Sehum-Ho que deseja presentear uma de suas namoradas.

Essas cartas chinesas antigas eram “cartas de dinheiro”, e tinham quatro naipes: moedas, filas de moedas, miríades de filas e dezenas de miríades. Eram representados por ideogramas com números de 2 a 9 nos três primeiros naipes e de 1-9 no naipe “dezenas de miríades”.

Há controvérsias sobre a introdução das cartas na Europa. É provável que os precursores do baralho moderno tenham chegado através dos Mamelucos do Egito, no fim dos anos 1300. A forma do baralho já era bem semelhante ao atual, com quatro naipes (bastão de pólo, moedas, espadas e copos).

Cada naipe continha 10 cartas numeradas e três cartas da corte: Rei, Vice-Rei e Deputado. As cartas mamelucas não mostravam figuras humanas nas cartas da côrte, mas faziam menção a oficiais militares.No final do século 14, o uso do baralho rapidamente se espalhou pela Europa.

As cartas da época eram feitas à mão, praticamente esculpidas em alto relevo em blocos de madeira, o que as tornavam caras. Por sorte, não muito tempo depois ocorreu o advento da imprensa, por volta de 1400. Mesmo assim, as cartas esculpidas chegavam a competir com as imagens religiosas, como o uso mais comum da madeira. As primeiras cartas foram feitas a mão tornando-as extremamente caras. Porém depois do século 14 com a invenção da xilogravura os europeus começaram a sua produção em massa.

No seculo XV as cartas chegam a Inglaterra através das atividades nos portos ingleses. A partir daí, rapidamente, as cartas foram importadas e alcançaram extraordinária expansão, mesmo essa prática sendo considerada ilegal.Mesmo assim, a prática de jogos com cartas era realizada inclusive pela realeza, e são as vestimentas usadas pelas classes mais elevadas da sociedade inglesa as retratadas nas figuras do baralho da primeira metade do século XVI.


Calcula-se, que no início do século XVII eram vendidos na Inglaterra cerca de meio milhão de baralhos por ano, e isso acontecia mesmo depois que proibiram totalmente os jogos de cartas, decretada por Henrique VIII, devido aos constantes conflitos entre soldados que jogavam esse tipo de jogo. No século XVIII os primeiros impostos ingleses sobre as cartas foram estabelecidos

Em 1377, o baralho foi descrito em detalhes por um monge na Suécia tendo cinqüenta e duas cartas, divididas em quatro naipes, sendo cada naipe composto por dez numerais e três cartas da realeza (um rei e dois generais). As cartas reais são relacionadas a reis e pessoas da história ou de lendas como, por exemplo, o rei de ouros seria Julio César, rei de paus seria Alexandre o Grande, Rainha de Espadas é Pallas Atenas, valete de ouro é Heitor e valete de paus Lancelote.

O Ás (do latin As que significa “a menor unidade de moeda”) surgiu no fim do século 14, tornando-se a maior carta do baralho, e o dois, a menor. Esse conceito firmou-se no século 18 pela revolução francesa, onde os jogos começavam jogando o alto Ás,como símbolo do crescimento de poder das classes mais baixas sobre a realeza.

As primeiras cartas foram feitas a mão tornando-as extremamente caras. Porém depois do século 14 com a invenção da xilogravura os europeus começaram a sua produção em massa.

Com a popularização crescente dos jogos de cartas, alguns países europeus, como a França, Itália e Espanha, passaram a usar os naipes que hoje são utilizados no mundo todo: paus, ouros, espadas e copas embora alguns paises ainda . Apesar da padronização dos naipes ainda existem países com baralhos de naipes diferentes, como, por exemplo, o Japão, onde um jogo, o HANAFUDA, é jogado com um baralho de 12 naipes. Mas falaremos disso mais tarde!

A padronização dos naipes foi fator preponderante para a disseminação dos jogos de cartas pelo mundo, pois abriu a possibilidade da criação de novos jogos e a adaptação e modernização de outros que estavam esquecidos pelos jogadores.

As cartas francesas ganharam muito mercado e foram exportados em todas as direções. Em 1745, o design das cartas recebe uma inovação, tornando as cartas reversíveis, não necessitando virá-las quando as recebesse de cabeça para baixo (o que indicava para os outros jogadores qual carta possuía).

Há quem acredite que o baralho foi inventado pelo pintor francês Jacquemin Gringonneur, sob encomenda do rei Carlos VI de França. Gringonneur desenvolveu as cartas do jogo de forma que representassem as divisões sociais da França através de seus naipes, sendo copas o clero, espadas a nobreza, paus os camponeses e ouro a burguesia.

O coringa foi uma inovação americana a qual veio juntamente com o jogo de pôquer. Apesar da figura lembrar um bobo-da-corte, acredita-se que não exista relação, até pela origem distinta. Não são usados em muitos jogos, e frequentemente são utilizados como propaganda do logotipo do fabricante.

No século 20, inventaram de um método para cobrir as cartas de papel com uma camada plastificada, este tipo de baralho tornou-se o dominante até os dias de hoje;cartas inteiramente feitas de plástico foram desenvolvidas, e duram ainda mais.


Nenhum comentário:

Postar um comentário