Só passando pra escrever um pouco.. Tô meio impaciente em relação ao poker, estou ocilando muito.. estes dias experimentei jogar so 6max e não gostei da dinâmica do jogo.. full ring para mim parece mais interessante.. sinto que estou jogando melhor que no último mês.. meu jogo melhorou depois que voltei a repensar minha forma de jogar e depois que comecei a ler 2 livros para 6 max.. mas mesmo assim quando levo algumas bads sinto que meu a-game dá lugar para um b-game e como consequência não consigo me recuperar na seção.. acho que meu maior problema é foco.. como diz no livro de 6 max que estou lendo.. nosso maior inimigo no poker somos nós mesmos.. e isso pra mim é uma verdade tão óbvia que preciso trabalhar isso..
Outra coisa que gostaria de comentar é sobre umas reflexões minhas.. peguem 10 hinos evangélicos e escutem: Garanto que em pelo menos 8 você vai ouvir a palavra sucesso ou vitória no refrão.. rsrsrs.. e não sei quanto às outras pessoas.. mas a mim dá um sonoooo... acho que deveria dar esperança, esclarecimento, resignção.. mas nem sequer me toca.. e daí é que comparo com um pouco da doutrina católica que cheguei a estudar há anos atrás.. que fala de probreza, desapego e que é a segunda que mais se aproxima daquilo que sinto.. no entanto a que mais me toca e sensibiliza é a doutrina budista.. e nesta me identifico quase que por completo, apesar de pouco conhecê-la.. Mas neste mundo em que o egoísmo é palvra de ordem.. em que só se pensa em se ter sucesso acima de tudo e de todos. é complicada a difusão de uma doutrina que pregue desapego e nudez, .. até na própria religião fazem uso desta carência de sucesso pra difundirem slogans do tipo: "Busque Deus acima de tudo e tudo virá como recompensa." , "Em Deus você pode tudo.", "Em Deus, você é um vencedor.".. e eu quando leio essas coisas, sempre penso: e o kiko??? kkkkkk.. graças ao próprio Deus, não tenho necessidade de ser vencedor, nem ter sucesso.. minha única necessidade é fazer o que eu tenho que fazer, não me acovardar e nem me entregar à preguiça, um dia após o outro até que chegue o meu último dia..
Uma frase budista:
"O Mestre na arte da vida faz pouca distinção entre o seu trabalho e o
seu lazer, entre a sua mente e o seu corpo, entre a sua educação e a sua
recreação, entre o seu amor e a sua religião. Ele dificilmente sabe
distinguir um corpo do outro. Ele simplesmente persegue sua visão de
excelência em tudo que faz, deixando para os outros a decisão de saber
se está trabalhando ou se divertindo. Ele acha que está sempre fazendo
as duas coisas simultaneamente. "
Pra todos os grinders essa frase..
Abraço.
FJ
Já dizia um místico católico, chamado Tauler, que "uma cabeça coroada de espinhos não pode ter um corpo alimentado por confeitos". Então, qualquer cristianismo que tenha como finalidade última o bem estar é, de antemão, problemático e contraditório.
ResponderExcluirJá o budismo é, mesmo, muito atrativo. Eu particularmente aprecio mais a linha zen. Porém, ele tem uns erros na sua base que viciam o todo. Eles partem do pressuposto de que tudo é um, não simbolicamente, mas literalmente. Daí essa dificuldade de distinguir um sujeito do outro, ou a ânsia de voltar ao nada onde os indivíduos se confundem; ou ainda, daí vem a caridade budista em que, ao invés de eu pedir pra que o outro faça, eu mesmo faço, já que o outro sou eu e vice e versa. Poeticamente é legal, mas literalmente dá problema.
Eu penso que isso que faz vc se identificar com o budismo está de um modo mais profundo - a meu ver - no cristianismo. Há neste, inclusive, uns paralelos interessantes com o zen e o conceito de vazio. A idéia de pobreza cristã - que não se refere tanto aos bens materiais -, se bem entendida, meio que se aproxima do "esquecimento de si" do zen.
Quanto à última frase, sobre não fazer diferença entre brincar e trabalhar, ou em considerar meio irrelevante o ter prazer ou sentir dor, desde que se faça o que se deve fazer, lembra muito S. João da Cruz.